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Ciências Sociais
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8. caracterize a filosofia produzida durante o iluminismo. exemplifique com aspectos do pensamento dos iluministas. 9. comente a

Question

8. Caracterize a filosofia produzida durante o Iluminismo. Exemplifique com aspectos do pensamento dos iluministas. 9. Comente a interpretação de Lucien Goldmann de que os pensadores iluministas podem ser considerados "ideólogos da burguesia . Justifique. 10. Discorra sobre a critica de Rousseau às teses contratualistas a respeito do surgimento da sociedade formuladas por pensadores como Hobbes e Locke e sobre as conclusōes a que ele chegou. 11. 0 que é a perfectibilidade humana e que papel ela teve no surgimento da vida social? 12. Segundo Kant: a) 0 juízo sintético a posteriori não expressa um conhecimento necessário e universal, e o juízo sintético a priori sim. b) Ojuizo analitico conduz a conhecimentos novos. Essas afirmações estão corretas? Por quê? Crie exemplos de juizos que justifiquem suas respostas. 13. Não podemos conhecer o ser em si apenas o ser para nós. Justifique essa afirmação. 14. Em que sentido a revolução causada por Kant no âmbito da filosofia pode ser comparada à causada por Copérnico na astronomia?

Solution

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João Mestre · Tutor por 5 anos

Resposta

8.9.10.11.12.a) Correto, juízos sintéticos a posteriori dependem de experiências enquanto juízos sintéticos a priori são independentes de experiência e são necessários. b) Correto, juízos analíticos são explicativos e não produzem novos conhecimentos. 13. 14.

Explicação

8. O Iluminismo foi um movimento intelectual europeu do século XVIII que promoveu a razão como a principal fonte e legitimidade da autoridade, contestando ideias baseadas na tradição, superstição e autoridade religiosa. Características típicas desta filosofia incluem a crença no progresso, na liberdade individual, no governo constitucional, na ciência como o caminho para o conhecimento, e uma visão otimista da natureza humana. Representantes iluministas incluem Voltaire, Diderot e Montesquieu. 9. Lucien Goldmann propôs que os pensadores iluministas articulavam os valores e as necessidades emergentes da burguesia ascendente da época, sendo os ideólogos desta classe social em seu enfrentamento à aristocracia e seu anseio por social e econômica mobilidade, defendendo meritosocracia, propriedade privada e ideias de contrato social. 10. Rousseau criticou as teses contratualistas anteriores, argumentando que estas legitimavam desigualdades e correspondiam a uma sociedade estruturada em torno da propriedade privada. Em seu livro "O Contrato Social", ele propõe que os humanos nascem livres, e todo verdadeiro estado político se funda em um pacto social baseado na vontade geral, que reformula tanto direitos quanto deveres ao produzir um indivíduo e uma coletividade moralmente superiores. 11. A perfectibilidade humana é a capacidade inerente de aperfeiçoamento, central para Rousseau e outros iluministas, indicando um potencial ilimitado para o progresso nas artes, ciências e moralidade; desempenhando, assim, um papel transcrito no desenvolvimento da sociedade, na medida em que promove mudanças e adaptações ao novo e ao desconhecido. 12. As afirmações de Kant estão corretas. O juízo sintético a posteriori refere-se a um conhecimento empírico, que requer experiência para ser validado, como "a maçã é verde”, da perspectiva de que requer percepção sensorial e não é universalmente verdadeiro a priori. Não contêm conhecimento necessário e universal. Enquanto isso, uma afirmação como “todos os corpos ocupam espaço” é um juízo sintético a priori porque estende nosso conhecimento além da definição do sujeito e é conceitualmente necessária. Kant afirma que os juízos analíticos são explicativos, mas não acrescentam novos conhecimentos e são baseados na lei de não contradição; como em "um solteiro é um homem não casado", apenas desdobrando o conceito já contido na definição do sujeito, não produzindo conhecimento substantivamente novo. 13. Conformado por Kant, o conceito de "coisa em si" refere-se ao objeto fora da possibilidade humana de conhecimento - não podemos conhecer as coisas como realmente são independentemente, mas apenas como elas nos aparecem através de nossa estrutura cognitiva finita. Kant argumenta que experimentamos o mundo através de formas a priori de sensação (espaço e tempo) e categorias a priori do entendimento (como causalidade), as quais delineiam nossa experiência de objetos. Não temos acesso direto à realidade em si, apenas ao mundo fenomenal. 14. Assim como Copérnico mudou o modelo astronômico aceito de geocêntrico para heliocêntrico, Kant reorientou a abordagem da filosofia de uma investigação centrada em objetos do mundo externo para um estudo das condições por parte do sujeito que tornam o conhecimento possível. Ambos movimentos centraram o enfoque no sujeito observador - no caso de Copérnico, a Terra (e, por consequência, o ser humano) não era mais o centro do universo físico; como em Kant, o observador humano se tornou fundamental para a constituição de todo o conhecimento. Este é conhecido como "a revolução copernicana” na filosofia.