"Averdade é que vivemos encurralados e refugiados no nosso próprio território há muito tempo, numa reserva de 4 mil hectares - que deveria ser multo maior se a justiça fosse feita -, e esse confinamento involuntário nos deu resiliència, nos fez resistentes Como posso explicar a uma pessoa que está fechada há um mês num apartamento numa grande metrópole o que é o meu isolamento? Desculpem dizer isso mas hoje já plantel milho, já plantei uma árvore... Faz algum tempo que nós na aldela Krenak já estávamos de luto pelo nosso rio Doce. Não imaginava que o mundo nos traria esse outro luto. Está todo mundo parado. Quando engenheiros me disseram que iriam usar a tecnologia para recuperar o rio Doce, perguntaral n a minha opinião. Eu respondi: 'A minha sugestão é muito dificil de colocar em prática. Pois teríamos de parar todas as atividades humanas que incidem sobre o corpo do rio,a cem quilómetros nas margens direita e esquerda até que ele voltasse a ter vida: Então um deles me disse:"Mas isso é impossivel.O mundo nǎo pode parar! E o mundo parou. (Fonte: KRENAK, A. O amanhã não está à venda. São Paulo: Companhia das Letras, 2020. p. 4-5. A reflexáo destacada no trecho do livro O amanhã não está à venda, do lider indigena Ailton Krenak, lança um chamado para o pensamento contemporáneo, ou melhor, para a possibilidade de que tenhamos sabedoria de construir pensamentos mais afirmativos em relação ao mundo em que vivemos, como também planejar inteligentes acerca do pensamento socioambiental visando transformar a perspectiva: A Da inclusão sociocultural. B Do extrativismo industrial.