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hoje, sabemos que boa parte dos escravos africanos que entraram nas minas já no início do sécu- lo xviii, e que foram muitos, eram

Question

Hoje, sabemos que boa parte dos escravos africanos que entraram nas Minas já no início do sécu- lo XVIII, e que foram muitos, eram escravos que tinham experiência histórica com mineração e não de mina profunda, mas de ouro em pó que é o que vai se encontrar em grande quantidade aqui. Hoje nós temos elementos também para afirmar ou pelo menos, para desconfiar fortemente, que, entre esses escravos que vêm para cá com um know-how, digamos, de mineração de pó de ouro, em grande quantidade eram mulheres que tinham a mesma experiência de mineração do pó de ouro em várias regioes africanas. E mais não apenas de tirar 0 pó do ouro mas de fundir o ouro. [...] Então, aqueles que dominavam, por exemplo , o pequeno comércio , aqueles que tinham maior conhecimento sobre técnicas de construção , aqueles que tinham major conhecimento sobre mi- neração se destacavam dos demais. Foram se distinguindo em grupos e confrarias, em tudo. Nós estamos diante de uma sociedade que se conformou no viés da diferença, da diversidade , da plu- ralidade, inclusive da diferença entre esses que nós chamamos de africanos, que não falavam a mesma língua, que não se entendiam religiosamente, por exemplo. PAIVA, Eduardo França. Povos das Minas no século XVIII. Cad. Esc. Legis!Belo Horizonte (MG), v. 11, n. 16, p. 23-55,jan.jjun. 2009 a) Segundo Eduardo França , explique a importância dos africanos para a exploração do ouro. O que suas pesquisas revelam sobre as mulheres? __

Solution

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André Profissional · Tutor por 6 anos

Resposta

De acordo com Eduardo França, os africanos desempenharam um papel crucial na exploração do ouro nas Minas Gerais no século XVIII. Eles trouxeram conhecimentos e habilidades valiosas para a mineração de ouro em pó, que era a principal atividade nessa região. Além disso, muitos deles já tinham experiência em mineração de ouro em outras partes da África.França destaca que uma parcela significativa dos escravos africanos que chegaram às Minas já possuía conhecimentos avançados de mineração de ouro em pó. Isso permitiu que eles fossem mais eficientes e produtivos na extração do ouro. Além disso, ele também menciona que muitas dessas mulheres africanas que trabalhavam na mineração tinham habilidades para fundir o ouro, o que era uma habilidade valiosa e rara.França também enfatiza que os africanos que dominavam o pequeno comércio, tinham conhecimentos avançados de técnicas de construção e mineração se destacavam dos demais. Eles formaram grupos e confrarias, se distinguindo pela diversidade e pela pluralidade de habilidades e conhecimentos. Isso indica que a sociedade das Minas Gerais no século XVIII era caracterizada pela diferença, diversidade e pluralidade, mesmo entre os africanos, que não falavam a mesma língua ou se entendiam religiosamente.Portanto, as pesquisas de Eduardo França revelam que os africanos foram fundamentais para a exploração do ouro nas Minas Gerais no século XVIII, trazendo conhecimentos e habilidades valiosas para a mineração de ouro em pó. Além disso, ele destaca que muitas mulheres africanas que trabalhavam na mineração possuíam habilidades para fundir o ouro, o que era uma habilidade valiosa e rara.