Pergunta
1. "Mas por que a América portuguesa se tornou um unico pais, enquanto a América espanhola se fragmentou em outros tantos?"Essa é a pergunta que estrutura o texto Seu autor, o jornalista Luis Barrucho, entrevista vários historiadores para encontrar as respostas possiveis. Ele encontrou pelo menos três motivos. Quais seriam eles? 2. Qualo teor da divergência entre os historiadores José Murilo de Carvalho e Alfredo Ávila Rueda? 3.Explique como o poder era dividido na América Espanhola e na América Portuguesa. 4. De que forma preocupações econômicas e sociais também contribuiram para assegurar a unidade do Brasil? 5. Quais as diferenças entre os planos de unificação de Simón Bolivar e José de San Martín? 6. Explique a afirmação da historiadora brasileira Lilia Schwarcz de que "a independência do Brasil foi uma solução de compromisso entre as elites".
Solução
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LuisElite · Tutor por 8 anos
Responder
1. Os três motivos encontrados pelo jornalista Luís Barrucho para a América portuguesa se tornar um único país, enquanto a América espanhola se fragmentou em outros tantos, podem ser:<br /> - A política de colonização portuguesa, que adotou um modelo centralizado de administração, com um governador-geral exercendo poder absoluto sobre o território.<br /> - A menor diversidade étnica e cultural na América portuguesa, em comparação com a América espanhola, o que facilitou a formação de uma identidade nacional unificada.<br /> - A menor interferência das potências europeias na América portuguesa, especialmente após a Revolução Liberal do Porto em 1832, que consolidou a independência do Brasil e estabeleceu uma monarquia constitucional.<br /><br />2. A divergência entre os historiadores José Murilo de Carvalho e Alfredo Ávila Rueda pode ser explicada pela interpretação de cada um sobre o processo de independência das Américas. José Murilo de Carvalho argumenta que a independência do Brasil foi um processo gradual e negociado, com a participação ativa das elites locais. Já Alfredo Ávila Rueda enfatiza a importância do movimento revolucionário e da ação das massas populares na conquista da independência.<br /><br />3. Na América Espanhola, o poder era dividido entre as autoridades coloniais espanholas, como os governadores e os bispos, que exerciam controle sobre as regiões. Na América Portuguesa, o poder era centralizado na figura do governador-geral, que exercia autoridade sobre todo o território, com a participação das elites locais na administração.<br /><br />4. As preocupações econômicas e sociais contribuíram para assegurar a unidade do Brasil ao possibilitar a formação de uma elite local, composta por grandes proprietários de terras e comerciantes, que tinham interesses comuns na manutenção da ordem e na estabilidade do país. Além disso, a produção de cana-de-açúcar e o comércio transatlântico foram fatores econômicos que incentivaram a centralização do poder.<br /><br />5. As diferenças entre os planos de unificação de Simón Bolívar e José de San Martín podem ser explicadas pela abordagem de cada um para a independência das colônias espanholas. Bolívar defendia a formação de uma federação de estados independentes, com um governo central unificado. Já San Martín acreditava na formação de estados independentes, mas com uma relação de subordinação a uma potência europeia, como a Argentina.<br /><br />6. A afirmação da historiadora brasileira Lilia Schwarcz de que "a independência do Brasil foi uma solução de compromisso entre as elites" pode ser explicada pela ideia de que a independência foi conquistada principalmente pelas elites locais, que tinham interesses econômicos e políticos em manter a relação com a metrópole portuguesa. Essas elites negociaram a independência com o Reino Unido, buscando garantir sua posição e poder na nova república.
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