TEXTO IV FURTO DE FLOR Furtel uma for daquele jardim. O porteiro do edificio cochilava e eu furtei a flor. Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com agua. Logo senti que ela nào estava feliz. O copo destina se a beber, e flor nǎo é para ser bebida. Passei-a para o vaso e notei que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada composição Quantas novidades há numa flor, se a contemplarmos bem. Sendo autor do furto, eu assumira a obrigação de conservé-la.Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi por sua vida. Não adiantava restitul-la ao jardim Nem apelar para o médico das flores. EU a furtara, eu a via morrer. Já murcha, e com a cor particular da morte, peguel-a docemente e fui depositá-la no jardim onde desabrochara. O porteiro estava atento e repreendeu-me: - Que ideia a sua vir jogar lixo de sua casa neste jardim! (Carlos Drummond de Andrade) 9. Releia as frases abaixo retiradas do Texto IV Temi por sua vida. Não adiantava restitul-la 80 jardim. Os sentimentos transmitidos pelo narrador -personagem nas frases acima são, respectivamente: a) ansiedade e revolta b) angústia e frustração c) tristeza e regozijo d) exultação e aflição. 10. Sobre o Texto IV, é FALSO concluir que: a) No final do texto, a atitude do porteiro foi técnica e funcional. b) O narrador-personagem experimenta diversos sentimentos após o furto c) A atitude do porteiro no final deixou o narrador-personagem enraivecido. d) Foram muitas as tentativas de ajudar a flor, mas todas foram sem sucesso.