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Ciências Sociais
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PERGUNTA 2 Na sua obra de 1976, Cultura e razão prática, o antropólogo americano Marshall Sahlins (2003) propôs uma crítica à visão marxista, a qual afirma que a economia é uma esfera autônoma da vida social, regida por uma racionalidade prática que só almeja a sobrevivência. Para o autor, o valor de uso dos objetos é uma construção social, assim como seu valor de troca. A utilidade das coisas não derivaria necessariamente de sua relação com a sobrevivência, mas de uma combinação entre praticidade e simbolismo, em permanente reelaboração dentro de determinada cultura. Ou seja, nenhuma explicação “funcional” sobre o valor de um objeto para determinado grupo seria o suficiente, já que esse valor funcional sempre é relativo a um sistema cultural específico. Do mesmo modo, não é possível interpretar qualquer forma cultural como necessariamente dependente de um esquema prático. Com isso, o autor não quer dizer que as coisas materiais não produzam efeitos reais na cultura, mas que esses efeitos só podem ser interpretados a partir de sua integração no sistema cultural. SAILANI, Cristian Jobi. Globalização, Cultura e Identidade . 1. Ed. Curitiba: Intersaberes, 2012, 206 p. Segundo Sahlins, em Cultura e razão prática: ( ) Bens materiais não produzem valor em uma cultura e sim efeitos derivados de sua integração no sistema. ( ) A utilização de cada objeto de consumo é intrínseca a ele e atende uma necessidade específica. ( ) A economia é regida pelo racional e busca a sobrevivência de um povo. ( ) Objetos têm valor social, valor esse não restrito ao valor de troca. ( ) Na visão marxista o valor “funcional” de um é relativo a um sistema cultural específico.​

Pergunta

PERGUNTA 2 Na sua obra de 1976, Cultura e razão prática, o antropólogo americano Marshall Sahlins (2003) propôs uma crítica à visão marxista, a qual afirma que a economia é uma esfera autônoma da vida social, regida por uma racionalidade prática que só almeja a sobrevivência. Para o autor, o valor de uso dos objetos é uma construção social, assim como seu valor de troca. A utilidade das coisas não derivaria necessariamente de sua relação com a sobrevivência, mas de uma combinação entre praticidade e simbolismo, em permanente reelaboração dentro de determinada cultura. Ou seja, nenhuma explicação “funcional” sobre o valor de um objeto para determinado grupo seria o suficiente, já que esse valor funcional sempre é relativo a um sistema cultural específico. Do mesmo modo, não é possível interpretar qualquer forma cultural como necessariamente dependente de um esquema prático. Com isso, o autor não quer dizer que as coisas materiais não produzam efeitos reais na cultura, mas que esses efeitos só podem ser interpretados a partir de sua integração no sistema cultural. SAILANI, Cristian Jobi. Globalização, Cultura e Identidade . 1. Ed. Curitiba: Intersaberes, 2012, 206 p. Segundo Sahlins, em Cultura e razão prática: ( ) Bens materiais não produzem valor em uma cultura e sim efeitos derivados de sua integração no sistema. ( ) A utilização de cada objeto de consumo é intrínseca a ele e atende uma necessidade específica. ( ) A economia é regida pelo racional e busca a sobrevivência de um povo. ( ) Objetos têm valor social, valor esse não restrito ao valor de troca. ( ) Na visão marxista o valor “funcional” de um é relativo a um sistema cultural específico.​

Solução

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IgorProfissional · Tutor por 6 anos

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De acordo com o texto, as afirmações corretas sobre as visões de Sahlins em "Cultura e razão prática" são:<br /><br />1. Bens materiais não produzem valor em uma cultura e sim efeitos derivados de sua integração no sistema. <br /><br />Este é um conceito básico do trabalho de Sahlins. Ele explicita que o valor dos bens materiais não é autônomo, mas sim decorrente de sua interação com o sistema cultural a que pertencem.<br /><br />2. Objetos têm valor social, valor esse não restrito ao valor de troca.<br /><br />Sahlins aponta que os objetos têm valor de uso e valor de troca, ambos construídos socialmente e em constante redefinição. Ele realça que a utilidade dos objetos não deriva somente de sua relação com a sobrevivência, mas também de uma combinação entre praticidade e simbolismo.<br /><br />As demais opções estão erradas de acordo com as visões de Sahlins. A opção 2 contradiz a visão de Sahlins de que o valor e o uso dos objetos são construções sociais, não intrínsecas aos objetos. A opção 3 reproduz a visão marxista que Sahlins critica. A opção 5 é uma inversão do pensamento de Sahlins. Ele argumenta que na visão marxista, o valor funcional de um objeto é relativo a uma economia autônoma, enquanto ele propõe que esse valor é relativo a um sistema cultural específico.
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