A persistência de doenças associadas a miséria e exclusão social, tal como a tuberculose​

Resposta: As doenças relacionadas à pobreza e exclusão social, como a tuberculose, persistem devido a uma combinação de fatores. O primeiro é o "complexo de modernização", como indicado por Omran na teoria da transição epidemiológica. Isso sugere que, à medida que sociedades tornam-se mais modernizadas, doenças infecciosas são gradualmente substituídas por doenças degenerativas e danos causados pelo homem. No entanto, nas populações em situação de pobreza e exclusão social, as melhorias associadas à modernização não são tão rapidamente alcançadas, permitindo que as doenças infecciosas persistam.<br /><br />Além disso, Omran sugere que as mudanças mais significativas na saúde-doença ocorrem em crianças e mulheres jovens, que são frequentemente as mais vulneráveis em populações empobrecidas e marginalizadas.<br /><br />Por último, o "modelo contemporâneo ou prolongado" de transição epidemiológica descreve um padrão de doença que é particularmente relevante para populações mais pobres. Neste modelo, as doenças infecciosas e as doenças crônicas coexistem, muitas vezes exacerbadas por condições socioeconômicas precárias.<br /><br />Em resumo, a persistência da tuberculose e outras doenças em populações pobres e marginalizadas pode ser explicada pela teoria da transição epidemiológica de Omran. As condições socioeconomicamente desfavorecidas permitem que essas doenças persistam, enquanto as condições de modernização que normalmente levariam à sua erradicação não são totalmente alcançadas.