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Determinismo e Livre Arbítrio Sabendo-se que o Determinismo é o princípio segundo o qual tudo no universo, até mesmo a vontade humana, está submetido a leis necessárias e imutáveis, de tal forma que o comportamento humano está totalmente predeterminado pela natureza, e o sentimento de liberdade não passa de uma ilusão subjetiva, como fica o Livre Arbítrio? Podemos observar que uma teoria é a negação da outra, se existe o determinismo então não pode haver o livre arbítrio, ou se temos a liberdade de escolha (livre arbítrio) não podemos estar determinados. Como se resolve essa dialética do determinismo? O homem pode ser determinado e livre ao mesmo tempo? Determinismo e liberdade não se excluem? A partir dessas questões, faça uma pesquisa sobre o que pensam alguns autores.

Pergunta

Determinismo e Livre Arbítrio Sabendo-se que o Determinismo é o princípio segundo o qual tudo no universo, até mesmo a vontade humana, está submetido a leis necessárias e imutáveis, de tal forma que o comportamento humano está totalmente predeterminado pela natureza, e o sentimento de liberdade não passa de uma ilusão subjetiva, como fica o Livre Arbítrio? Podemos observar que uma teoria é a negação da outra, se existe o determinismo então não pode haver o livre arbítrio, ou se temos a liberdade de escolha (livre arbítrio) não podemos estar determinados. Como se resolve essa dialética do determinismo? O homem pode ser determinado e livre ao mesmo tempo? Determinismo e liberdade não se excluem? A partir dessas questões, faça uma pesquisa sobre o que pensam alguns autores.

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MoisésElite · Tutor por 8 anos

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Resposta: Determinismo e livre arbítrio são dois conceitos que parecem se opor diretamente um ao outro. No entanto, alguns autores sugerem uma forma de compatibilismo, onde os dois podem coexistir.<br /><br />Por exemplo, Baruch Spinoza, um filósofo do século XVII, propôs que, embora nossas ações estejam determinadas por causas externas, nós sentimos que estamos agindo com livre arbítrio porque não percebemos completamente as causas de nossas ações. Para Spinoza, o livre arbítrio é uma ilusão, no entanto, ele não nega a existência de liberdade. Para ele, a liberdade é compreendida como a causa primária de si mesmo, ou seja, a liberdade está na completa compreensão das causas que nos determinam.<br /><br />Outro filósofo que abordou esta questão foi Immanuel Kant. Ele propôs que o determinismo é uma necessidade lógica quando olhamos o mundo através da lente da ciência. No entanto, Kant sugeriu que ainda podemos ter uma noção de livre arbítrio se considerarmos as pessoas como entidades morais, capazes de fazer escolhas independentes com base em princípios morais. Este é o chamado "livre arbítrio transcendental" de Kant.<br /><br />De maneira semelhante, William James, um dos fundadores da psicologia moderna, acredita que embora nosso comportamento possa ser influenciado por fatores biológicos e ambientais, ainda temos a capacidade de escolher como interpretar e responder a essas influências.<br /><br />Em suma, embora haja um debate constante sobre a relação entre determinismo e livre arbítrio, existem abordagens que tentam reconciliar os dois conceitos. Segundo essas teorias, não precisamos descartar o conceito de liberdade totalmente só porque nossas ações estão sujeitas a leis naturais. O que se precisa é de uma concepção de liberdade que seja compatível com a natureza determinada de nossas ações.
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