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Ciências Sociais
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acima discriminados. Numa segunda parte, de caracter historico,que preenche objectivo(5), são aprescnadas algumas teorisséticas, de filósofos do passado econ emportances quesconsideramonyparticidamment influents e importan- tes. Esta opção por um programa amistoe justifica se pela necessidade, por as sim dizer, pedagogica, de apresentar de maneira sistemática algumas categorias equesties centrais da discriplina.bem como um sistema de classificação das teorias éticas que possa servir de quadro de referência para a abordagem histo rica que se segue.As apresentagóes puramente sistemática , modelo normal- mente adoptado pelos autores formados na escola da filosofia analitica, têm o grande inconveniente de ignorar, mais ou menos fortemente, as fontes do pensamento ético, de esconder as tensises entre filosofias éricas.ou, nos casos mais graves, de construir um sistema dogmático na perspectiva de uma deter- minada teoria ética, silenciando as outras. As apresentations historicas.por seu turno, têm a vantagem dedara conhecer a historia dictica, eas fontes do pen- samento ético, mas o inconveniente de serem concebidas numa perspectiva mais historica, e portanto mais nneutravisto que a história éuma viência - do que propriamente ética,ede perder devisia a unidade daética enquanto dis ciplina.Bibosditica, easistematicidake das-suas questioes centrais. Mesmo na aprc sentação de uma ética antiga.consideramos necessário que o leitor compreenda c sinta que as questioes colocadas e desenvolridas pelo filsofo mesmo se este viveu numa sociedade em inúmeros aspectos muito diferente da nossa __ ainda sâo largamente questioes que nos dizem respeito, equefaz sentido colocar se nos quisermos submeter ao esforgo cao trabalho de pensar.O diferencial do tempo devera mesmo ser utilizado para ver cssas questioes numa óptica diferente dos lugares comuns do actual Zengeist, ou seja, para olhar a época e a sociedade em que vivemos com a distincia critica c a liberdade de espirito que constitufram em todos os tempos,no Ocidente, a marca da filosofia. nea e mais ou menos explicita, na vida quotidiana de qualquer ser capaz de pensar a sua vida e os seus actos. A segunda oposição entre aética e as outras disciplinas diz respeito ao ca- rácter dos respectivos saberes Enquante as outras disciplinas procuram forne- cer informancise combectioneritos sobreo munda, subs os entes mundanos e.no caso da matemática, sobre as formas das relações logicas elou quantitativas en- tre ideias ou entre seres em geral, a ética pretende forneccer uma orientaght para a vida activa dos seres humanos. Em certo sentido,o ético pode dixer como Sócrates, wso sei que mada seix, na medida em que não fornece so bre o mundo, mas aperus presende orientar o comportancento, out polo me- nos, fornecer instrumentos ou procedinent is de orientação. Isto não significa que a ética não pretenda encontrar um saber.O objectivo da ética nào é cơ nhecer o estado do mundo ou das coisas, mas saber como viver ou como agir. A sabedoria éticaé, pelo menos desde Sócrates, considerada um saber superior, embora dificil de alcancar. A necessidade de orientação fax.se sentir em vários âmbitos đa vida. Há uma necessidade de orientação na vida pessoal, na relação do sujeito com a sun própria vida, que se exprime na pergunta scomo vivers, amitide formulada por Sócrates e que serviu de ponto de fuga a codas as éticas antigas.Há, porou- tro lado, uma necessidade de orientação nas nossas relaçbes com as outros em geral, ou seja, na vide em communicidak. Mais recentements, na sequência do desenvolvimento de tecnologias que marcam ho mem com o meio ambiente natural, surgiu uma maior necessidade de orien- tação na nossa relação com a natureza, com a vida na Terra ecom os animais. Perguntamos, por exemplo, como nos devemos comportar com um animal? Será que devemos tratá-lo como se fosse uma coisa inanimada? Tratá-lo exac tamente como unser humano? Outrate-lodeuma maneira diferente da coisa inanimada e do ser humano? As ciencias do animal __ a biologia, a zoologis, a etologis animal __ po- dem dar-nos muitas informações sobre cada expécie. Extes conhecimentos nào são, sem divida, indifferentes para formulação da resposta à questão ética, que nào serd certamente a mesma se se tratar de um invertebrado monocelular ou deum mamifero. Todavis, estas ciências nunca poderáo responder a pergunta Just Minuel Sum CAPITULO 1 QUE E E TICA? mapa c a bússola Aética é uma disciplina sai generis. Ela começa por se distinguir das outras disciplinas ensinadas na escola ou na universidade em dois aspectos. Q pri- meiro é que, no inicio do ano lectivo, na disciplina de ética não pode haver ninguém compleamente ignorante, ao contrário do que succede normalmente, por exemplo, nas disciplinas de introdução à Algebra, a física ou à historia da li- teratura. Muito antes de ter aulas de ética.toda a gente passou por momentos em que se interrogou sobre o caminbo a seguir,sobre o que deve fazer da sua própria vida, sobre a importancia a dar a cada uma das suas múltiplas dimen- soes, muitas veres em consorréncia entre si. Que importancia relativa devo dar ao divertimento, ao estudo para uma profissão futura, aos amigos ou à familia? Quando tomamos uma desisto, sentime-nos melhor quando a consequimos justificar, tanto aos nossos alhos como aas olhos dosoutros, em particular dos que nos slo mais cujas opinities são para nós importantes. Além dester momentos de dividae reflexio sobre o que queremos ou devemos fazer na nossa vida, há um outro tipo de pelas quais também todos j4 passaram antes de lerem um livro de ética ou de assistirem à primeira aula so- bre o assunto. Referimo-nos as experiencias de injustiça ou de humilhação de pessoas que todos j4 presenciámos, que ouvimos narrar ou que nós próprios vivemos como vitimas. Nestas ocasioes somos afectados por um sentimento de indignação ou de revolta e pensamos que os autores de tais actos não os edere riame ter comerido. Tambérm nestes casos tentamos justificar aquilo que pen- samos e dizemos. A ética, como disciplina filosófica.éuma reflexão sistemática eaprofun- dada sobre esces dois tipos de questioes que já se colocam, de maneira esponti- Innoducle 1 file ética, que diz respeito ao nossa propro comportamento perance o animal, o qual decorre do tipo de respeito que consideramos dever - ou não dever __ ter para com ele. A resposta tem que ver corn nds desejamos ser aos olhos do animal e aos nassos olhas. Para distinguir o saber đa ética do das disciplinas que descrevem o mundo,podemos talvez utilizar duas metiforas. Ao informaçbes sobre o mundo, as ciéncias da natureza.e da sociedade fornecem aquilo a que podemos chamar foregnefiss out mapits do que existe Aética, ao contririo, não fornoce um maps mas uma bussola,ou seja, algo que serve para nos orientar- mos no mundo humano,nas nossas relações com as outros, na noses vida, bem como na, nossa relação com as seres vivos de outras expecies c com a na- tureza em geral. Oque pode-significar-orientaçiáo-no-context de uma vida ou do mundo humano? Da mesma mancir que quem se encontra num ponto do espaço se pode-deslocarem várias directoes, em cada,nossa vida temos cons- ciencia de ter warias possibilidade s de agir, entre as quais teremos de optar. A bússola diferencia as direggócs e indica uma privilegiada.Do mesmo modo, a ética pretende fornecer instruments.que nos orientem nas múltiplas opçōes que somos obrigados a fazer na vida, ou seja,indica modos privilegados de optar e de agir. A etic pretende responder, ou ajudar a responder, a questão como dewapirts que se coloca a cada momento das nossas vidas. Esta questio sintetiza uma grande diversidade de questies qualificadas de normatives, as quais são normalmente formuladas com recurse ao verbo dever. Asquestions normatives distriputers-eduquestis aque chamar factuais na medida em que de factos ou o enunciado de verdades de facto- empiricas ou logicas -nào conscitui uma respost.Suponhamos, por exem- plo, as seguintes: Devo, ou não,pagar ao João aquilo que lhe devo? Devo, ou não, ajudar um amigo que se encontra numa situação de grande dificuldade? que devo deservabiero mais possivel o grande talento musical que possuo ou, ao contrário, não dar a isso qualquer importancia exequir na vida a ki do menor esforgo? E. obvio que perante questioes deste género, o que decide as respostas, sejam elas quais forem, two 6 a verdade de um facto patente, empi- rico ou lógico.

Pergunta

acima discriminados. Numa segunda parte, de caracter historico,que preenche
objectivo(5), são aprescnadas algumas teorisséticas, de filósofos do passado
econ emportances quesconsideramonyparticidamment influents e importan-
tes. Esta opção por um programa amistoe justifica se pela necessidade, por as
sim dizer, pedagogica, de apresentar de maneira sistemática algumas categorias
equesties centrais da discriplina.bem como um sistema de classificação das
teorias éticas que possa servir de quadro de referência para a abordagem histo
rica que se segue.As apresentagóes puramente sistemática , modelo normal-
mente adoptado pelos autores formados na escola da filosofia analitica, têm o
grande inconveniente de ignorar, mais ou menos fortemente, as fontes do
pensamento ético, de esconder as tensises entre filosofias éricas.ou, nos casos
mais graves, de construir um sistema dogmático na perspectiva de uma deter-
minada teoria ética, silenciando as outras. As apresentations historicas.por seu
turno, têm a vantagem dedara conhecer a historia dictica, eas fontes do pen-
samento ético, mas o inconveniente de serem concebidas numa perspectiva
mais historica, e portanto mais nneutravisto que a história éuma viência -
do que propriamente ética,ede perder devisia a unidade daética enquanto dis
ciplina.Bibosditica, easistematicidake das-suas questioes centrais. Mesmo na aprc
sentação de uma ética antiga.consideramos necessário que o leitor compreenda
c sinta que as questioes colocadas e desenvolridas pelo filsofo mesmo se este
viveu numa sociedade em inúmeros aspectos muito diferente da nossa __ ainda
sâo largamente questioes que nos dizem respeito, equefaz sentido colocar se nos
quisermos submeter ao esforgo cao trabalho de pensar.O diferencial do tempo
devera mesmo ser utilizado para ver cssas questioes numa óptica diferente dos
lugares comuns do actual Zengeist, ou seja, para olhar a época e a sociedade em
que vivemos com a distincia critica c a liberdade de espirito que constitufram
em todos os tempos,no Ocidente, a marca da filosofia.
nea e mais ou menos explicita, na vida quotidiana de qualquer ser capaz de
pensar a sua vida e os seus actos.
A segunda oposição entre aética e as outras disciplinas diz respeito ao ca-
rácter dos respectivos saberes Enquante as outras disciplinas procuram forne-
cer informancise combectioneritos sobreo munda, subs os entes mundanos e.no
caso da matemática, sobre as formas das relações logicas elou quantitativas en-
tre ideias ou entre seres em geral, a ética pretende forneccer uma orientaght para
a vida activa dos seres humanos. Em certo sentido,o ético pode dixer como
Sócrates, wso sei que mada seix, na medida em que não fornece so
bre o mundo, mas aperus presende orientar o comportancento, out polo me-
nos, fornecer instrumentos ou procedinent is de orientação. Isto não significa
que a ética não pretenda encontrar um saber.O objectivo da ética nào é cơ
nhecer o estado do mundo ou das coisas, mas saber como viver ou como agir.
A sabedoria éticaé, pelo menos desde Sócrates, considerada um saber superior,
embora dificil de alcancar.
A necessidade de orientação fax.se sentir em vários âmbitos đa vida. Há
uma necessidade de orientação na vida pessoal, na relação do sujeito com a sun
própria vida, que se exprime na pergunta scomo vivers, amitide formulada
por Sócrates e que serviu de ponto de fuga a codas as éticas antigas.Há, porou-
tro lado, uma necessidade de orientação nas nossas relaçbes com as outros em
geral, ou seja, na vide em communicidak. Mais recentements, na sequência do
desenvolvimento de tecnologias que marcam ho
mem com o meio ambiente natural, surgiu uma maior necessidade de orien-
tação na nossa relação com a natureza, com a vida na Terra ecom os animais.
Perguntamos, por exemplo, como nos devemos comportar com um animal?
Será que devemos tratá-lo como se fosse uma coisa inanimada? Tratá-lo exac
tamente como unser humano? Outrate-lodeuma maneira diferente da coisa
inanimada e do ser humano?
As ciencias do animal __ a biologia, a zoologis, a etologis animal
__
po-
dem dar-nos muitas informações sobre cada expécie. Extes conhecimentos nào
são, sem divida, indifferentes para formulação da resposta à questão ética, que
nào serd certamente a mesma se se tratar de um invertebrado monocelular ou
deum mamifero. Todavis, estas ciências nunca poderáo responder a pergunta
Just Minuel Sum
CAPITULO 1
QUE E E TICA?
mapa c a bússola
Aética é uma disciplina sai generis. Ela começa por se distinguir das outras
disciplinas ensinadas na escola ou na universidade em dois aspectos. Q pri-
meiro é que, no inicio do ano lectivo, na disciplina de ética não pode haver
ninguém compleamente ignorante, ao contrário do que succede normalmente,
por exemplo, nas disciplinas de introdução à Algebra, a física ou à historia da li-
teratura. Muito antes de ter aulas de ética.toda a gente passou por momentos
em que se interrogou sobre o caminbo a seguir,sobre o que deve fazer da sua
própria vida, sobre a importancia a dar a cada uma das suas múltiplas dimen-
soes, muitas veres em consorréncia entre si. Que importancia relativa devo dar
ao divertimento, ao estudo para uma profissão futura, aos amigos ou à familia?
Quando tomamos uma desisto, sentime-nos melhor quando a consequimos
justificar, tanto aos nossos alhos como aas olhos dosoutros, em particular dos
que nos slo mais cujas opinities são para nós importantes. Além
dester momentos de dividae reflexio sobre o que queremos ou devemos fazer
na nossa vida, há um outro tipo de pelas quais também todos j4
passaram antes de lerem um livro de ética ou de assistirem à primeira aula so-
bre o assunto. Referimo-nos as experiencias de injustiça ou de humilhação de
pessoas que todos j4 presenciámos, que ouvimos narrar ou que nós próprios
vivemos como vitimas. Nestas ocasioes somos afectados por um sentimento de
indignação ou de revolta e pensamos que os autores de tais actos não os edere
riame ter comerido. Tambérm nestes casos tentamos justificar aquilo que pen-
samos e dizemos.
A ética, como disciplina filosófica.éuma reflexão sistemática eaprofun-
dada sobre esces dois tipos de questioes que já se colocam, de maneira esponti-
Innoducle 1 file
ética, que diz respeito ao nossa propro comportamento perance o animal, o
qual decorre do tipo de respeito que consideramos dever - ou não dever __
ter para com ele. A resposta tem que ver corn nds desejamos ser aos
olhos do animal e aos nassos olhas.
Para distinguir o saber đa ética do das disciplinas que descrevem o
mundo,podemos talvez utilizar duas metiforas. Ao informaçbes
sobre o mundo, as ciéncias da natureza.e da sociedade fornecem aquilo a que
podemos chamar foregnefiss out mapits do que existe Aética, ao contririo, não
fornoce um maps mas uma bussola,ou seja, algo que serve para nos orientar-
mos no mundo humano,nas nossas relações com as outros, na noses vida,
bem como na, nossa relação com as seres vivos de outras expecies c com a na-
tureza em geral.
Oque pode-significar-orientaçiáo-no-context de uma vida ou do mundo
humano? Da mesma mancir que quem se encontra num ponto do espaço se
pode-deslocarem várias directoes, em cada,nossa vida temos cons-
ciencia de ter warias possibilidade s de agir, entre as quais teremos de optar.
A bússola diferencia as direggócs e indica uma privilegiada.Do mesmo modo,
a ética pretende fornecer instruments.que nos orientem nas múltiplas opçōes
que somos obrigados a fazer na vida, ou seja,indica modos privilegados de
optar e de agir. A etic pretende responder, ou ajudar a responder, a questão
como dewapirts que se coloca a cada momento das nossas vidas.
Esta questio sintetiza uma grande diversidade de questies qualificadas de
normatives, as quais são normalmente formuladas com recurse ao verbo dever.
Asquestions normatives distriputers-eduquestis aque chamar factuais
na medida em que de factos ou o enunciado de verdades de facto-
empiricas ou logicas -nào conscitui uma respost.Suponhamos, por exem-
plo, as seguintes: Devo, ou não,pagar ao João aquilo que lhe devo? Devo, ou
não, ajudar um amigo que se encontra numa situação de grande dificuldade?
que devo deservabiero mais possivel o grande talento musical que possuo
ou, ao contrário, não dar a isso qualquer importancia exequir na vida a ki do
menor esforgo? E. obvio que perante questioes deste género, o que decide as
respostas, sejam elas quais forem, two 6 a verdade de um facto patente, empi-
rico ou lógico.

acima discriminados. Numa segunda parte, de caracter historico,que preenche objectivo(5), são aprescnadas algumas teorisséticas, de filósofos do passado econ emportances quesconsideramonyparticidamment influents e importan- tes. Esta opção por um programa amistoe justifica se pela necessidade, por as sim dizer, pedagogica, de apresentar de maneira sistemática algumas categorias equesties centrais da discriplina.bem como um sistema de classificação das teorias éticas que possa servir de quadro de referência para a abordagem histo rica que se segue.As apresentagóes puramente sistemática , modelo normal- mente adoptado pelos autores formados na escola da filosofia analitica, têm o grande inconveniente de ignorar, mais ou menos fortemente, as fontes do pensamento ético, de esconder as tensises entre filosofias éricas.ou, nos casos mais graves, de construir um sistema dogmático na perspectiva de uma deter- minada teoria ética, silenciando as outras. As apresentations historicas.por seu turno, têm a vantagem dedara conhecer a historia dictica, eas fontes do pen- samento ético, mas o inconveniente de serem concebidas numa perspectiva mais historica, e portanto mais nneutravisto que a história éuma viência - do que propriamente ética,ede perder devisia a unidade daética enquanto dis ciplina.Bibosditica, easistematicidake das-suas questioes centrais. Mesmo na aprc sentação de uma ética antiga.consideramos necessário que o leitor compreenda c sinta que as questioes colocadas e desenvolridas pelo filsofo mesmo se este viveu numa sociedade em inúmeros aspectos muito diferente da nossa __ ainda sâo largamente questioes que nos dizem respeito, equefaz sentido colocar se nos quisermos submeter ao esforgo cao trabalho de pensar.O diferencial do tempo devera mesmo ser utilizado para ver cssas questioes numa óptica diferente dos lugares comuns do actual Zengeist, ou seja, para olhar a época e a sociedade em que vivemos com a distincia critica c a liberdade de espirito que constitufram em todos os tempos,no Ocidente, a marca da filosofia. nea e mais ou menos explicita, na vida quotidiana de qualquer ser capaz de pensar a sua vida e os seus actos. A segunda oposição entre aética e as outras disciplinas diz respeito ao ca- rácter dos respectivos saberes Enquante as outras disciplinas procuram forne- cer informancise combectioneritos sobreo munda, subs os entes mundanos e.no caso da matemática, sobre as formas das relações logicas elou quantitativas en- tre ideias ou entre seres em geral, a ética pretende forneccer uma orientaght para a vida activa dos seres humanos. Em certo sentido,o ético pode dixer como Sócrates, wso sei que mada seix, na medida em que não fornece so bre o mundo, mas aperus presende orientar o comportancento, out polo me- nos, fornecer instrumentos ou procedinent is de orientação. Isto não significa que a ética não pretenda encontrar um saber.O objectivo da ética nào é cơ nhecer o estado do mundo ou das coisas, mas saber como viver ou como agir. A sabedoria éticaé, pelo menos desde Sócrates, considerada um saber superior, embora dificil de alcancar. A necessidade de orientação fax.se sentir em vários âmbitos đa vida. Há uma necessidade de orientação na vida pessoal, na relação do sujeito com a sun própria vida, que se exprime na pergunta scomo vivers, amitide formulada por Sócrates e que serviu de ponto de fuga a codas as éticas antigas.Há, porou- tro lado, uma necessidade de orientação nas nossas relaçbes com as outros em geral, ou seja, na vide em communicidak. Mais recentements, na sequência do desenvolvimento de tecnologias que marcam ho mem com o meio ambiente natural, surgiu uma maior necessidade de orien- tação na nossa relação com a natureza, com a vida na Terra ecom os animais. Perguntamos, por exemplo, como nos devemos comportar com um animal? Será que devemos tratá-lo como se fosse uma coisa inanimada? Tratá-lo exac tamente como unser humano? Outrate-lodeuma maneira diferente da coisa inanimada e do ser humano? As ciencias do animal __ a biologia, a zoologis, a etologis animal __ po- dem dar-nos muitas informações sobre cada expécie. Extes conhecimentos nào são, sem divida, indifferentes para formulação da resposta à questão ética, que nào serd certamente a mesma se se tratar de um invertebrado monocelular ou deum mamifero. Todavis, estas ciências nunca poderáo responder a pergunta Just Minuel Sum CAPITULO 1 QUE E E TICA? mapa c a bússola Aética é uma disciplina sai generis. Ela começa por se distinguir das outras disciplinas ensinadas na escola ou na universidade em dois aspectos. Q pri- meiro é que, no inicio do ano lectivo, na disciplina de ética não pode haver ninguém compleamente ignorante, ao contrário do que succede normalmente, por exemplo, nas disciplinas de introdução à Algebra, a física ou à historia da li- teratura. Muito antes de ter aulas de ética.toda a gente passou por momentos em que se interrogou sobre o caminbo a seguir,sobre o que deve fazer da sua própria vida, sobre a importancia a dar a cada uma das suas múltiplas dimen- soes, muitas veres em consorréncia entre si. Que importancia relativa devo dar ao divertimento, ao estudo para uma profissão futura, aos amigos ou à familia? Quando tomamos uma desisto, sentime-nos melhor quando a consequimos justificar, tanto aos nossos alhos como aas olhos dosoutros, em particular dos que nos slo mais cujas opinities são para nós importantes. Além dester momentos de dividae reflexio sobre o que queremos ou devemos fazer na nossa vida, há um outro tipo de pelas quais também todos j4 passaram antes de lerem um livro de ética ou de assistirem à primeira aula so- bre o assunto. Referimo-nos as experiencias de injustiça ou de humilhação de pessoas que todos j4 presenciámos, que ouvimos narrar ou que nós próprios vivemos como vitimas. Nestas ocasioes somos afectados por um sentimento de indignação ou de revolta e pensamos que os autores de tais actos não os edere riame ter comerido. Tambérm nestes casos tentamos justificar aquilo que pen- samos e dizemos. A ética, como disciplina filosófica.éuma reflexão sistemática eaprofun- dada sobre esces dois tipos de questioes que já se colocam, de maneira esponti- Innoducle 1 file ética, que diz respeito ao nossa propro comportamento perance o animal, o qual decorre do tipo de respeito que consideramos dever - ou não dever __ ter para com ele. A resposta tem que ver corn nds desejamos ser aos olhos do animal e aos nassos olhas. Para distinguir o saber đa ética do das disciplinas que descrevem o mundo,podemos talvez utilizar duas metiforas. Ao informaçbes sobre o mundo, as ciéncias da natureza.e da sociedade fornecem aquilo a que podemos chamar foregnefiss out mapits do que existe Aética, ao contririo, não fornoce um maps mas uma bussola,ou seja, algo que serve para nos orientar- mos no mundo humano,nas nossas relações com as outros, na noses vida, bem como na, nossa relação com as seres vivos de outras expecies c com a na- tureza em geral. Oque pode-significar-orientaçiáo-no-context de uma vida ou do mundo humano? Da mesma mancir que quem se encontra num ponto do espaço se pode-deslocarem várias directoes, em cada,nossa vida temos cons- ciencia de ter warias possibilidade s de agir, entre as quais teremos de optar. A bússola diferencia as direggócs e indica uma privilegiada.Do mesmo modo, a ética pretende fornecer instruments.que nos orientem nas múltiplas opçōes que somos obrigados a fazer na vida, ou seja,indica modos privilegados de optar e de agir. A etic pretende responder, ou ajudar a responder, a questão como dewapirts que se coloca a cada momento das nossas vidas. Esta questio sintetiza uma grande diversidade de questies qualificadas de normatives, as quais são normalmente formuladas com recurse ao verbo dever. Asquestions normatives distriputers-eduquestis aque chamar factuais na medida em que de factos ou o enunciado de verdades de facto- empiricas ou logicas -nào conscitui uma respost.Suponhamos, por exem- plo, as seguintes: Devo, ou não,pagar ao João aquilo que lhe devo? Devo, ou não, ajudar um amigo que se encontra numa situação de grande dificuldade? que devo deservabiero mais possivel o grande talento musical que possuo ou, ao contrário, não dar a isso qualquer importancia exequir na vida a ki do menor esforgo? E. obvio que perante questioes deste género, o que decide as respostas, sejam elas quais forem, two 6 a verdade de um facto patente, empi- rico ou lógico.

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LucasMestre · Tutor por 5 anos

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O texto apresenta uma introdução à ética, destacando sua importância e características. A ética é definida como uma disciplina que se diferencia das outras por sua abordagem sobre o comportamento humano e a orientação na vida. O autor menciona que a ética não fornece informações sobre o mundo, mas sim uma bússola para orientar as ações humanas. A ética é considerada um saber superior, mas difícil de alcançar. O texto também aborda a necessidade de orientação em diferentes aspectos da vida, como na relação com os outros, com a natureza e com os animais. A ética é apresentada como uma reflexão sistemática sobre questões normativas que envolvem o dever e a justificação das ações.
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