Pergunta
principes e princesas. Está certo, elas também apanhavam muito. Mas havia as compensações. Geralmente uma avó morava junto ou morava perto e as consolava com colo e doces. E as mães não trabaliavam fora nem faziam academia ou tsao-tse-qualquer coisa . Ficavam em casa, inventando maneiras de estragar os filhos. Você alguma vez teve roupa de veludo? Nem eu. Sou da geração pós-veludo e pré-jeans . As vezes olho fotografias daquelas crianças antigas com roupas ridiculas , golas rendadas e babados , e me dá uma inveja... Aquilo sim era maneira de tratar criança. Acho que a minha geração deu no que deu porque nunca usou roupa de veludo . Ou cacho nos cabelos. Outra coisa: psicologia. Fui da primeira geração criada com psicologia. Nada de castigo - conversa. Ele rabiscou toda a parede? Está tentando expressar alguma coisa. E usou o batom da mãe Ih, cuidado, uma surra agora pode deflagrar um processo de introjeção edipiana e traumatizá-lo para sempre. Também fui da primeira geração que, com a invenção da calculadora de bolso, não precisou decorar (a/a) tabuada. Resultado: cresci sem a noção de duas coisas importantissimas : pecado e matemática. Cheguei tarde à infância e muito cedo à adolescência. A revolução sexual começou exatamente um dia depois que eu casei com a minha mulher porque era a única maneira de poder dormir com ela. Nos casamos num sábado, e a revolução sexual começou no domingo. Ainda tentei desfazer o casamento, já que não precisava mais, mas não deu, estava feito. Minha adolescência foi um martirio. Me lembro dela como uma única e interminável tentativa de desengatar sutiãs. Os sutiãs eram presos atrás de maneiras. Ganchos, presilhas , botōes, solda. Vocé precisava de um curso de engenharia para desengatá-los Uma namorada minha usava um sutiã com uma fechadura atrás. Com como um cofre, juro . Dezessete para a esquerda, cinco para a direita, rápido que a mãe vem vindo! Você, garoto atual, nem deve saber o que é sutiã. Eu pensava ser um jovem adulto sério, engajado nas melhores causas, talvez até um ativista politico, um guerrilheiro. Quando cheguel (a/a) idade, os jovens adultos estavam cuidando das suas carreiras e das suas carteiras de ações Fui da primeira geração que quando falava em ir para as montanhas queria dizer para fim de semana. E a última que ainda usou a palawra "alienação', mas já sem saber bem o que queria dizer. Tudo bem, pensei. Vou me preparar para a velhice e os seus privilégios, com minha pensão e meus netos. Mas a previdência está quase quebrando, e minha é uma piada, e meus netos, quandc me olham, parecem estar me medindo para um asilo geriátrico. E há meia hora que eu estou aqui chateandc você com toda essa conversa e você ainda não se lavantou para me dar o seu lugar." E disse o garoto , "Pô, qual é, coroa ? Esse negócio de dar lugar pra velho já era". E suspirou o homem : "Eu não disse? Também cheguei tarde à velhice". Disponivel em: http://www com.br/toda-a-vida-cronica de-verissimo-sobre-infancia e-velhice Acesso em: 07/1112018 1. Após a leitura acima pode-se perceber que o texto pertence ao gênero: a. Fábula b. Noticia C. Conto d. Crônica e. N.D.A. 2.Segundo o texto de Verissimo, pode-se afirmar que: a.O narrador não participa dos fatos, mas não é uma das personagens; b. Opersonagem secundário faz uma reflexão sobre o seu modo de viver, suas causas e consequências; C. O narrador-personagem , ironicamente, apresenta fatos em sequências que permite ao leitor refletir sobre o comportamento das pessoes; d. No texto: "Toda a vida" apresenta um narrador observador, que pode ser comprovado por meio dos verbos: preparar, usava, dormir começou; e. N.D.A.
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PaulaProfissional · Tutor por 6 anos
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1. Após a leitura acima, pode-se perceber que o texto pertence ao gênero:<br />d. Crônica<br /><br />2. Segundo o texto de Verissimo, pode-se afirmar que:<br />c. O narrador-personagem, ironicamente, apresenta fatos em sequências que permite ao leitor refletir sobre o comportamento das pessoas.
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