Pergunta
2 Reescreva os versos a seguir desfazendo os hipérbatos. a) "Ouviram do Ipirangal as margens plácidas/ de um povo heroico/o brado retumbante" (Osório Duque Estrada) __ b) "Cavaleiro, quem és?o remorso?/ Do corcel te debruças no dorso.../ E galopas do vale através... (Álvares de Azevedo) __ c) "Não te esqueças daquele amor ardente/ que já nos olhos meus tão puro viste" (Camões) __ Leia o texto a seguir. Pleonasmo: será mesmo? A caça ao pleonasmo vicioso é um passatempo com grande número de adeptos no pais. Muitas vezes as armas se voltam para os alvos errados. AZEITE DE OLIVA: Se levarmos em conta apenas a etimologia, seremos tentados a dizer que a expressão é redundante: as palavras azeite e azeitona são obviamente relacionadas, e oliva vem a ser um sinônimo de azeitona Ocorre que o sentido de azeite, tendo nascido nos olivais, passou por uma quase imediata expansão.tornando-o um termo genérico para "óleo vegetal ou mesmo animal . O azeite de dende é só um destes.mas já bastaria para justificar a expressão azeite de oliva. PREFEITURA MUNICIPAI.Além de consagrada pelo uso na língua falada e no vocabulá rio politico-administrativo brasileiro, a locução é funcional, pois a palavra prefeitura tem outros sentidos. Muitas grandes universidades têm prefeituras que podem ser encontradas também na hierarquia da Igreja Católica Essa polissemia é normal bem antes de ganhar no Brasil do século XIX a acepção hoje dominante (correspondente em Portugal a presidente da câmara municipal) a palavra prefeito herdara do latim praefectus o sentido mais genérico de "administrador, chefe" No Império Romano tardio prefeitura era cada uma das quatro grandes divisões maiores que a maioria dos países atuais,do território a ser administrado: Gália, Itália.Ilfria e Oriente. AUTOANALISAR-SE: Trata -se de um verbo pronominal, como suicidar-se e queixar-se. Isso quer dizer que, em estado de dicionário, 0 pronome vem incorporado a ele. Ninguém pode au- toanalisar, suicidar ou queixar outra pessoa, ou seja, tais ações são sempre reflexivas, direcio- nadas ao próprio sujeito Em tese, portanto, pode-se argumentar que é dispensável o pronome obliquo, ao contrário do que ocorre com verbos que podem ser pronominais ou não, como vestir e casar (o estilista veste-se, mas também veste a modelo:os noivos casam-se mas o padre os casa). Ocorre que 0 uso não caminhou nesse sentido. Há verbos que já tiveram um emprego pronominal hoje praticamente esquecido (acordar-se) e também aqueles em que o uso aca- bou por tornar facultativo o pronome: arrepender (-se) deitar (-se) e casar(-se) são exemplos de ações que, mesmo quando reflexivas, frequentemente dispensam o se, sobretudo na linguagem informal: "arrependeu do crime","deitou na cama ,"casei com fulana". Mas autoanalisar-se per- manece integro. Melhor relaxar. ODRIGUES, Sérgio.Viva a língua brusileira! Sao Paulo: Companhia das Letras 2016.
Solução
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ManuelaMestre · Tutor por 5 anos
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a) "Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heróico, o brado retumbante" (Osório Duque Estrada)<br /><br />b) "Cavaleiro, quem és? O remorso? Do corcel te debruças no dorso... E galopas do vale através..." (Álvares de Azevedo)<br /><br />c) "Não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste" (Camões)<br /><br />Pleonasmo: será mesmo?<br />A caça ao pleonasmo vicioso é um passatempo com grande número de adeptos no país. Muitas vezes as armas se voltam para os alvos errados.<br /><br />A expressão "azeite de oliva" é considerada redundante, pois as palavras "azeite" e "oliva" estão relacionadas. No entanto, o termo "azeite" passou a ser utilizado de forma genérica para qualquer tipo de óleo vegetal ou animal. Além disso, a palavra "prefeitura" possui outros sentidos além de seu significado político-administrativo, sendo utilizada em diferentes contextos, como em universidades e na hierarquia da Igreja Católica. Essa polissemia é normal e a palavra "prefeito" herdou do latim "praefectus" o sentido de "administrador, chefe".<br /><br />Trata-se de um verbo pronominal, como "suicidar-se" e "queixar-se". Isso significa que a ação é sempre reflexiva, direcionada ao próprio sujeito. No entanto, há verbos que podem ser pronominais ou não, como "vestir" e "casar". O uso do pronome obliquo não é dispensável em todos os casos, mas alguns verbos já tiveram um emprego pronominal hoje praticamente esquecido, como "acordar-se", e também aqueles em que o uso acabou por tornar facultativo o pronome, como "arrepender-se", "deitar-se" e "casar-se". Mas no caso de "autoanalisar-se", o pronome permanece integro.
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