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Literatura
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Poesia lírica: 0 amor em três tempos Provaveimente, o amor é o tema mais cantado pelos poetas de todos os tempos, Em in (ou 1198), na cantiga conhecida como A Ribeirinha, de Paio soares de Tavelíos. Durante o Trovadorismo, nos sécuios XII, XIII e XIV, desenvolveu-se em Portugat umta Pocs, lifico amorosa que räo era recisada, mas cantada. Dai a denominaçabo cantiga, cancáo ou gent, para esse tipo de produçao, em geral bastante simples do ponto de vista da forma, Os poemas passaram a se sofisticar e a ser interpretados sem acompanhàmento musicy apenas no século XV, no contexto do chamado Humanismo. Mais tarde, no século XVI, duparya - Renascimento; o sentimento amoroso ganhara expressäo escrita mais complexa e fiofuntig, principalmente com a poesia de Camóes. Trovadorismo: as cantigas medievais O idloma empregado na composiçao das cantigas trovadorescas era o galego-portugies, bastante diferente da lingua que falamos hoje. As cantigas eram transmitidas oralmente, cantaf af e acompanhadas por instrumentos musicais. Escritas à möo em foihas soltas, elas foram sendo Cancioneiro do Ajuda, Cancioneiro da Vaticana e Cancioneiro da Biblioteca Nacional. As cantigas de amor O texto a seguir é uma cantiga de amor escrita pelo poeta mais importante do Trovadorifins portuguẻs, o rei D. Dinis (1261-1325). Recorra ao glossário e componha, no cademo, uma vetsẩ do texto em portugués atualizado. Que prazer havedes, senhor, de mi fazerdes mal por ben que vos quils' e quer' e por en pećeu tant'a Nostro Senhor que yos mud esse coracion. que mi havedes tan sen razon. Prazer havedes do meu mal, pero vos amo mais ca mi; e poren peç'a Deus assi, que sabe quant'é o meu mal, que vos mud'esse coraçon que mi havedes tan sen razon. Muito vos praz do mal que hel, lume d'aquestes olhos meus; e por esto peçeu a Deus, que sab'a coita que eu hei. que vos mud'esse coraçon, que m havedes tan sen razon. E. se vo-lo mudar, enton poss'eu viver, (e) senon, non. D. DINIS, In: SPINA, Segismunda Era medieval, 11. ed, Rio de laneiro: Difel, 200% . v. 1. (Coleção Presença da literatura portugurs?) 1. Ainda que a cantiga tenha sido registrada em um idioma bastante diferente do nosso, é pos. sivel compreendé-la com uma leitura atenta e com a ajuda de um glossário. a) A quem se dirige o eu lírico? b) Do que ele se queixa? c) A quem o eu lirico apela? d) Que pedido faz o eu lírico? 2. No distico que fecha a cantiga, o eu lírico chega a uma sofrida conclusāo. Qual?

Pergunta

Poesia lírica: 0 amor em três tempos Provaveimente, o amor é o tema mais cantado pelos poetas de todos os tempos, Em in (ou 1198), na cantiga conhecida como A Ribeirinha, de Paio soares de Tavelíos. Durante o Trovadorismo, nos sécuios XII, XIII e XIV, desenvolveu-se em Portugat umta Pocs, lifico amorosa que räo era recisada, mas cantada. Dai a denominaçabo cantiga, cancáo ou gent, para esse tipo de produçao, em geral bastante simples do ponto de vista da forma, Os poemas passaram a se sofisticar e a ser interpretados sem acompanhàmento musicy apenas no século XV, no contexto do chamado Humanismo. Mais tarde, no século XVI, duparya - Renascimento; o sentimento amoroso ganhara expressäo escrita mais complexa e fiofuntig, principalmente com a poesia de Camóes. Trovadorismo: as cantigas medievais O idloma empregado na composiçao das cantigas trovadorescas era o galego-portugies, bastante diferente da lingua que falamos hoje. As cantigas eram transmitidas oralmente, cantaf af e acompanhadas por instrumentos musicais. Escritas à möo em foihas soltas, elas foram sendo Cancioneiro do Ajuda, Cancioneiro da Vaticana e Cancioneiro da Biblioteca Nacional. As cantigas de amor O texto a seguir é uma cantiga de amor escrita pelo poeta mais importante do Trovadorifins portuguẻs, o rei D. Dinis (1261-1325). Recorra ao glossário e componha, no cademo, uma vetsẩ do texto em portugués atualizado. Que prazer havedes, senhor, de mi fazerdes mal por ben que vos quils' e quer' e por en pećeu tant'a Nostro Senhor que yos mud esse coracion. que mi havedes tan sen razon. Prazer havedes do meu mal, pero vos amo mais ca mi; e poren peç'a Deus assi, que sabe quant'é o meu mal, que vos mud'esse coraçon que mi havedes tan sen razon. Muito vos praz do mal que hel, lume d'aquestes olhos meus; e por esto peçeu a Deus, que sab'a coita que eu hei. que vos mud'esse coraçon, que m havedes tan sen razon. E. se vo-lo mudar, enton poss'eu viver, (e) senon, non. D. DINIS, In: SPINA, Segismunda Era medieval, 11. ed, Rio de laneiro: Difel, 200% . v. 1. (Coleção Presença da literatura portugurs?) 1. Ainda que a cantiga tenha sido registrada em um idioma bastante diferente do nosso, é pos. sivel compreendé-la com uma leitura atenta e com a ajuda de um glossário. a) A quem se dirige o eu lírico? b) Do que ele se queixa? c) A quem o eu lirico apela? d) Que pedido faz o eu lírico? 2. No distico que fecha a cantiga, o eu lírico chega a uma sofrida conclusāo. Qual?

Poesia lírica: 0 amor em três tempos Provaveimente, o amor é o tema mais cantado pelos poetas de todos os tempos, Em in (ou 1198), na cantiga conhecida como A Ribeirinha, de Paio soares de Tavelíos. Durante o Trovadorismo, nos sécuios XII, XIII e XIV, desenvolveu-se em Portugat umta Pocs, lifico amorosa que räo era recisada, mas cantada. Dai a denominaçabo cantiga, cancáo ou gent, para esse tipo de produçao, em geral bastante simples do ponto de vista da forma, Os poemas passaram a se sofisticar e a ser interpretados sem acompanhàmento musicy apenas no século XV, no contexto do chamado Humanismo. Mais tarde, no século XVI, duparya - Renascimento; o sentimento amoroso ganhara expressäo escrita mais complexa e fiofuntig, principalmente com a poesia de Camóes. Trovadorismo: as cantigas medievais O idloma empregado na composiçao das cantigas trovadorescas era o galego-portugies, bastante diferente da lingua que falamos hoje. As cantigas eram transmitidas oralmente, cantaf af e acompanhadas por instrumentos musicais. Escritas à möo em foihas soltas, elas foram sendo Cancioneiro do Ajuda, Cancioneiro da Vaticana e Cancioneiro da Biblioteca Nacional. As cantigas de amor O texto a seguir é uma cantiga de amor escrita pelo poeta mais importante do Trovadorifins portuguẻs, o rei D. Dinis (1261-1325). Recorra ao glossário e componha, no cademo, uma vetsẩ do texto em portugués atualizado. Que prazer havedes, senhor, de mi fazerdes mal por ben que vos quils' e quer' e por en pećeu tant'a Nostro Senhor que yos mud esse coracion. que mi havedes tan sen razon. Prazer havedes do meu mal, pero vos amo mais ca mi; e poren peç'a Deus assi, que sabe quant'é o meu mal, que vos mud'esse coraçon que mi havedes tan sen razon. Muito vos praz do mal que hel, lume d'aquestes olhos meus; e por esto peçeu a Deus, que sab'a coita que eu hei. que vos mud'esse coraçon, que m havedes tan sen razon. E. se vo-lo mudar, enton poss'eu viver, (e) senon, non. D. DINIS, In: SPINA, Segismunda Era medieval, 11. ed, Rio de laneiro: Difel, 200% . v. 1. (Coleção Presença da literatura portugurs?) 1. Ainda que a cantiga tenha sido registrada em um idioma bastante diferente do nosso, é pos. sivel compreendé-la com uma leitura atenta e com a ajuda de um glossário. a) A quem se dirige o eu lírico? b) Do que ele se queixa? c) A quem o eu lirico apela? d) Que pedido faz o eu lírico? 2. No distico que fecha a cantiga, o eu lírico chega a uma sofrida conclusāo. Qual?

Solução

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Tatiana MariaElite · Tutor por 8 anos

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【Explicação】: <br />1. A cantiga de amor de D. Dinis, um exemplo clássico do Trovadorismo português, reflete o estilo lírico e a expressão do amor característicos dessa época. Vamos analisar cada questão:<br /><br /> a) A quem se dirige o eu lírico?<br /> O eu lírico dirige-se a uma figura de autoridade amorosa, provavelmente uma dama de alta estirpe social, como era comum nas cantigas de amor trovadorescas. Essa figura é o objeto do amor e da devoção do poeta.<br /><br /> b) Do que ele se queixa?<br /> O eu lírico queixa-se do sofrimento causado pelo amor não correspondido ou pela indiferença da pessoa amada. Ele expressa dor e tristeza devido à atitude desdenhosa ou ao desamor da sua senhora.<br /><br /> c) A quem o eu lírico apela?<br /> O eu lírico apela a Deus, pedindo que Ele mude o coração da pessoa amada para que ela possa retribuir seu amor ou pelo menos entender seu sofrimento.<br /><br /> d) Que pedido faz o eu lírico?<br /> O pedido do eu lírico é para que Deus intervenha e mude o coração da pessoa amada, tornando-a mais compassiva ou receptiva ao amor que ele oferece.<br /><br />2. No dístico que fecha a cantiga, o eu lírico chega a uma sofrida conclusão. Qual?<br /> A conclusão sofrida do eu lírico é que sua vida e felicidade dependem completamente da mudança de atitude da pessoa amada. Ele expressa que só poderá viver (e ser feliz) se o coração dela mudar; caso contrário, ele não encontrará paz ou alegria.<br /><br />【Resposta】: <br />1. a) Uma dama de alta estirpe social.<br /> b) Do sofrimento causado pelo amor não correspondido ou pela indiferença da pessoa amada.<br /> c) A Deus.<br /> d) Que Deus mude o coração da pessoa amada para que ela possa retribuir seu amor ou entender seu sofrimento.<br />2. A conclusão é que a vida e felicidade do eu lírico dependem da mudança de atitude da pessoa amada; sem essa mudança, ele não pode viver feliz.
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