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SELETIVO TECMICO-CURSO T ECNICO NA F ORMA INTEG RADA - 2025 EDITAL No 10712024 -IFMA QUESTOES DE MUI COLHA-LINGUA PORTU GUESA A Roupa Maria Lysia Corrêa de Araújo comum, que vivia num lugar comum. Tudo que fazia era comum. Todos os dias, Era um tomava uma bebida, olhava a vitrina onde se encontrava uma lagosta trabatho antenas cilindricas e longas-isso vira no dicionário-e la embora para casa. e. vermelha, contiam na orden do trabalho, entrava no bar, tomava uma bebida olhava Os dias se repetiarade ter a lagosta e ia embora para casa. Este pedaço era o pior, porque lá as a vilinomuns eram mais comuns soubesse ser normal esse comum, mas começava'de longe a inquietar-se. Escmethor no trabalho, quando sala, e no bar tomava sua bebida e olhava o crustáceo. "Crustáceo macruro, de antenas clindricas e longas e cuja carne é saborosa. Palinurus argus Essa definição, que macrus bela, vira no dicionário. Então.agora quando saía do bar, gostava de dizer: -Alacute (o), respondia a lagosta e com uma das antenas cilindricas e longas, fazia-lhe um aceno amigo. homem ia embora para o seu comum, mas pensando muito que agora tinha um novo interesse. A lagosta the fora receptiva e isso era bom, muito bom. Os dias iam-se repetindo no seu comum, o comum do trabalho, o mais comum da casa o comum de tudo Quando saia do trabalho no bar tomava a dose de bebida e na saida, dizia para a lagosta: __ Alô, Palinurus argus. Qualquer dia vou comê-la. É uma forma de sair do meu comum. Não é sempre que se pode comer lagosta __ __ Está certo, respondeu ela Venha. Ohomem ria de si porque sabia não poder sair do comum da casa, chegar aquela hora certa, aceitar a comida, a mulher, os filhos, o comum. Sabia-se comum que vivia num lugar comum, tudo que fazia era comum, o trabalho o bar, a casa. Ontem saira disposto a romper barreiras, a cortar amarras, sentia-se possuido por uma força diferente. Não voltaria para casa, ficaria no bar e pediria a lagosta e a comeria sozinho. __ Alô, crustáceo __ Alô __ Vou comê-la hoje. __ Venha, respondeu a lagosta. Ficou meio desarmado com tanta passividade. Já a estimava um pouco e não queria destrui-la. Deixaria para outra vez Voltou para casa, mas o desejo da lagosta começava a obscurecer a sua relação comum com as coisas comuns da casa, do trabalho, de tudo No dia seguinte o homem saiu de casa foi para o trabalho no bar pediu a bebida. Disposto se tinha levantado e disposto estava a essa hora. Em casa que tudo se danasse Comeria a lagosta. Sentou-se no canto do bar e se sentiu feliz, sozinho Comeria a lagosta inteira. Ela chegou, linda. Vermelha. As antenas faziam movimentos leves -antenas cilindricas e longas - estava na sua frente o crustáceo macruro - Palinurus argus-exatamente como no dicionário. Alô, filha. Eu disse que um dia haveria de comê-la e aqui estou. Aqui estou, repetiu a lagosta. homem pegou o garfo a faca, usou as mãos pegou de novo o garfo, a faca, colher, as mãos, tentava tirar pedaços da lagosta, não conseguia; as antenas não o deixavam movimentar-se. Sentia picadas nos braços, no rosto, no pescoço. As antenas iam crescendo, crescendo, e cada vez mais o apertavam. De repente sentiu um pedaço de ombro cair sobre a mesa, o sangue espirrou sobre a lagosta, que ia engolindo os braços, enquanto as antenas não the permitiam reação alguma. Não podia ser assim dominado por um simples crustáceo. Lutaria até o fim. Mas não adiantava O outro ombro já fora também destruido, o sangue se misturava à toalha, cala no chão fazendo uma enorme poça, não enxergava bem a lagosta. Sentiu picadas terriveis nos olhos e, como os ombros e braços estavam sendo deglutidos pela lagosta. __ Meu Deus, meu Deus gritou o homem, que ainda tinha um pequeno pedaço de boca. __ Meu Deus, meu Deus,imitou-o a lagosta comendo agora os órgãos. Comia com uma rapidez incrivel. Só faltava o coração e o fígado. As antenas arrancaram os dois e ela os engoliu instantane amente. Então o garçom chegou levou a lagosta para a vitrina , limpou a mesa, o chão , apanhou a roupa do homem, levou-a para casa para a mulher lavar e aproveitar. ARALUO, Maria Lysia Corréa de. A roupa. In: JOSE Elias (Org) Setecontos setecantos Sào Paulo: FTD, 1991 v. 5. D. 48-51 Para rosponder as questóes desta prova, considere o texto a seguir.

Pergunta

SELETIVO TECMICO-CURSO T ECNICO NA F ORMA INTEG RADA - 2025
EDITAL No 10712024 -IFMA
QUESTOES DE MUI COLHA-LINGUA PORTU GUESA
A Roupa
Maria Lysia Corrêa de Araújo
comum, que vivia num lugar comum. Tudo que fazia era comum. Todos os dias,
Era um tomava uma bebida, olhava a vitrina onde se encontrava uma lagosta
trabatho antenas cilindricas e longas-isso vira no dicionário-e la embora para casa.
e. vermelha, contiam na orden do trabalho, entrava no bar, tomava uma bebida olhava
Os dias se repetiarade ter a lagosta e ia embora para casa. Este pedaço era o pior, porque lá as
a vilinomuns eram mais comuns soubesse ser normal esse comum, mas começava'de longe a
inquietar-se.
Escmethor no trabalho, quando sala, e no bar tomava sua bebida e olhava o crustáceo. "Crustáceo
macruro, de antenas clindricas e longas e cuja carne é saborosa. Palinurus argus Essa definição, que
macrus bela, vira no dicionário. Então.agora quando saía do bar, gostava de dizer:
-Alacute (o),
respondia a lagosta e com uma das antenas cilindricas e longas, fazia-lhe um aceno amigo.
homem ia embora para o seu comum, mas pensando muito que agora tinha um novo interesse. A
lagosta the fora receptiva e isso era bom, muito bom. Os dias iam-se repetindo no seu comum, o comum do trabalho, o mais comum da casa o comum de
tudo
Quando saia do trabalho no bar tomava a dose de bebida e na saida, dizia para a lagosta:
__
Alô, Palinurus argus. Qualquer dia vou comê-la. É uma forma de sair do meu comum. Não é sempre
que se pode comer lagosta __
__ Está certo, respondeu ela Venha.
Ohomem ria de si porque sabia não poder sair do comum da casa, chegar aquela hora certa,
aceitar a comida, a mulher, os filhos, o comum. Sabia-se comum que vivia num lugar comum, tudo que fazia
era comum, o trabalho o bar, a casa.
Ontem saira disposto a romper barreiras, a cortar amarras, sentia-se possuido por uma força
diferente. Não voltaria para casa, ficaria no bar e pediria a lagosta e a comeria sozinho.
__ Alô, crustáceo
__ Alô
__ Vou comê-la hoje.
__ Venha, respondeu a lagosta.
Ficou meio desarmado com tanta passividade. Já a estimava um pouco e não queria destrui-la.
Deixaria para outra vez Voltou para casa, mas o desejo da lagosta começava a obscurecer a sua relação
comum com as coisas comuns da casa, do trabalho, de tudo
No dia seguinte o homem saiu de casa foi para o trabalho no bar pediu a bebida. Disposto se tinha
levantado e disposto estava a essa hora. Em casa que tudo se danasse Comeria a lagosta. Sentou-se no
canto do bar e se sentiu feliz, sozinho Comeria a lagosta inteira. Ela chegou, linda. Vermelha. As antenas
faziam movimentos leves -antenas cilindricas e longas - estava na sua frente o crustáceo macruro -
Palinurus argus-exatamente como no dicionário.
Alô, filha. Eu disse que um dia haveria de comê-la e aqui estou.
Aqui estou, repetiu a lagosta.
homem pegou o garfo a faca, usou as mãos pegou de novo o garfo, a faca, colher, as mãos,
tentava tirar pedaços da lagosta, não conseguia; as antenas não o deixavam movimentar-se. Sentia picadas
nos braços, no rosto, no pescoço. As antenas iam crescendo, crescendo, e cada vez mais o apertavam. De
repente sentiu um pedaço de ombro cair sobre a mesa, o sangue espirrou sobre a lagosta, que ia engolindo
os braços, enquanto as antenas não the permitiam reação alguma. Não podia ser assim dominado por um
simples crustáceo. Lutaria até o fim. Mas não adiantava O outro ombro já fora também destruido, o sangue
se misturava à toalha, cala no chão fazendo uma enorme poça, não enxergava bem a lagosta. Sentiu picadas
terriveis nos olhos e, como os ombros e braços estavam sendo deglutidos pela lagosta.
__ Meu Deus, meu Deus gritou o homem, que ainda tinha um pequeno pedaço de boca.
__ Meu Deus, meu Deus,imitou-o a lagosta comendo agora os órgãos. Comia com uma rapidez
incrivel. Só faltava o coração e o fígado. As antenas arrancaram os dois e ela os engoliu instantane amente.
Então o garçom chegou levou a lagosta para a vitrina , limpou a mesa, o chão , apanhou a roupa do
homem, levou-a para casa para a mulher lavar e aproveitar.
ARALUO, Maria Lysia Corréa de. A roupa. In: JOSE Elias (Org) Setecontos setecantos Sào Paulo: FTD, 1991 v. 5. D. 48-51
Para rosponder as questóes desta prova, considere o texto a seguir.

SELETIVO TECMICO-CURSO T ECNICO NA F ORMA INTEG RADA - 2025 EDITAL No 10712024 -IFMA QUESTOES DE MUI COLHA-LINGUA PORTU GUESA A Roupa Maria Lysia Corrêa de Araújo comum, que vivia num lugar comum. Tudo que fazia era comum. Todos os dias, Era um tomava uma bebida, olhava a vitrina onde se encontrava uma lagosta trabatho antenas cilindricas e longas-isso vira no dicionário-e la embora para casa. e. vermelha, contiam na orden do trabalho, entrava no bar, tomava uma bebida olhava Os dias se repetiarade ter a lagosta e ia embora para casa. Este pedaço era o pior, porque lá as a vilinomuns eram mais comuns soubesse ser normal esse comum, mas começava'de longe a inquietar-se. Escmethor no trabalho, quando sala, e no bar tomava sua bebida e olhava o crustáceo. "Crustáceo macruro, de antenas clindricas e longas e cuja carne é saborosa. Palinurus argus Essa definição, que macrus bela, vira no dicionário. Então.agora quando saía do bar, gostava de dizer: -Alacute (o), respondia a lagosta e com uma das antenas cilindricas e longas, fazia-lhe um aceno amigo. homem ia embora para o seu comum, mas pensando muito que agora tinha um novo interesse. A lagosta the fora receptiva e isso era bom, muito bom. Os dias iam-se repetindo no seu comum, o comum do trabalho, o mais comum da casa o comum de tudo Quando saia do trabalho no bar tomava a dose de bebida e na saida, dizia para a lagosta: __ Alô, Palinurus argus. Qualquer dia vou comê-la. É uma forma de sair do meu comum. Não é sempre que se pode comer lagosta __ __ Está certo, respondeu ela Venha. Ohomem ria de si porque sabia não poder sair do comum da casa, chegar aquela hora certa, aceitar a comida, a mulher, os filhos, o comum. Sabia-se comum que vivia num lugar comum, tudo que fazia era comum, o trabalho o bar, a casa. Ontem saira disposto a romper barreiras, a cortar amarras, sentia-se possuido por uma força diferente. Não voltaria para casa, ficaria no bar e pediria a lagosta e a comeria sozinho. __ Alô, crustáceo __ Alô __ Vou comê-la hoje. __ Venha, respondeu a lagosta. Ficou meio desarmado com tanta passividade. Já a estimava um pouco e não queria destrui-la. Deixaria para outra vez Voltou para casa, mas o desejo da lagosta começava a obscurecer a sua relação comum com as coisas comuns da casa, do trabalho, de tudo No dia seguinte o homem saiu de casa foi para o trabalho no bar pediu a bebida. Disposto se tinha levantado e disposto estava a essa hora. Em casa que tudo se danasse Comeria a lagosta. Sentou-se no canto do bar e se sentiu feliz, sozinho Comeria a lagosta inteira. Ela chegou, linda. Vermelha. As antenas faziam movimentos leves -antenas cilindricas e longas - estava na sua frente o crustáceo macruro - Palinurus argus-exatamente como no dicionário. Alô, filha. Eu disse que um dia haveria de comê-la e aqui estou. Aqui estou, repetiu a lagosta. homem pegou o garfo a faca, usou as mãos pegou de novo o garfo, a faca, colher, as mãos, tentava tirar pedaços da lagosta, não conseguia; as antenas não o deixavam movimentar-se. Sentia picadas nos braços, no rosto, no pescoço. As antenas iam crescendo, crescendo, e cada vez mais o apertavam. De repente sentiu um pedaço de ombro cair sobre a mesa, o sangue espirrou sobre a lagosta, que ia engolindo os braços, enquanto as antenas não the permitiam reação alguma. Não podia ser assim dominado por um simples crustáceo. Lutaria até o fim. Mas não adiantava O outro ombro já fora também destruido, o sangue se misturava à toalha, cala no chão fazendo uma enorme poça, não enxergava bem a lagosta. Sentiu picadas terriveis nos olhos e, como os ombros e braços estavam sendo deglutidos pela lagosta. __ Meu Deus, meu Deus gritou o homem, que ainda tinha um pequeno pedaço de boca. __ Meu Deus, meu Deus,imitou-o a lagosta comendo agora os órgãos. Comia com uma rapidez incrivel. Só faltava o coração e o fígado. As antenas arrancaram os dois e ela os engoliu instantane amente. Então o garçom chegou levou a lagosta para a vitrina , limpou a mesa, o chão , apanhou a roupa do homem, levou-a para casa para a mulher lavar e aproveitar. ARALUO, Maria Lysia Corréa de. A roupa. In: JOSE Elias (Org) Setecontos setecantos Sào Paulo: FTD, 1991 v. 5. D. 48-51 Para rosponder as questóes desta prova, considere o texto a seguir.

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BrunoMestre · Tutor por 5 anos

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O texto apresentado é um conto intitulado "A Roupa", escrito por Maria Lysia Corrêa de Araújo. O conto narra a história de um homem comum que trabalha em um bar e tem uma rotina monótona e repetitiva. Um dia, ele decide quebrar sua rotina e comer a lagosta que sempre olhava na vitrina do bar. No entanto, quando ele tenta comer a lagosta, ela se torna agressiva e começa a devorar os órgãos do homem. No final, o homem morre e a lagosta se torna a única sobrevivente.<br /><br />Para responder às questões desta prova, considere o texto apresentado.
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