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Medicina
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TEXTO II Você já ouviu o termo “ NOMOFOBIA”? Há pessoas que não conseguem ficar sem o celular nem por um instante. Essas pessoas entram num estado de profunda ansiedade e angústia quando se veem sem o aparelho, quando ficam sem créditos ou com a bateria no fim. A necessidade de estar conectado ultrapassa todos os limites. (...)O nome vem do inglês no + mobile + fobia, ou seja, “fobia de permanecer sem conexão móvel”, que inclui internet e celular.(...) Para a psicóloga Sylvia Van Enck, do Ambulatório Integrado dos Transtornos do Impulso, da USP, a nomofobia é um transtorno do controle dos impulsos com um forte componente de ansiedade generalizada. (...) Não é fácil se “desplugar” do celular, uma vez que, na sociedade tecnológica, o aparelho é sinônimo de status e inclusão social. “Podemos entender que o uso do aparelho celular, mesmo que não excessivo, especialmente em relação à população jovem, esteja relacionado aos aspectos de inclusão social e conectividade entre os amigos. Por outro lado, com o avanço dos recursos tecnológicos, adquirir um aparelho cada vez mais sofisticado confere status econômico e social, o que pode estar relacionado à busca de reafirmação da identidade psicológica dos adolescentes nesta fase da vida”, analisa Sylvia. (...)“Há um risco no desenvolvimento da insegurança pessoal que pode ser também o reflexo da insegurança dos pais, que precisam estar sempre tendo notícias do paradeiro dos filhos.(...)“Muitas pessoas nomofóbicas, porém, não aceitam que são portadoras desse tipo de fobia e atribuem a sua angústia a várias causas. Colocam a culpa no trabalho ou na necessidade de se comunicar com a família ou com amigos, no caso de alguma emergência. (...)comenta a psicóloga Juliana Bizeto, do Programa de Orientação e Atendimento ao Dependente (Proad) da Unifesp.”(...) Os alvos mais frequentes desse tipo de distúrbio são os adolescentes e os adultos com mais de 40 anos. (...)O abuso funciona como a única válvula de escape da pessoa, que passa a ter uma vida empobrecida(...)A psicóloga lembra que os critérios de diagnóstico se apoiam na presença de três traços: exclusividade, tolerância e abstinência. Exclusividade, porque a tecnologia é a única fonte de prazer; tolerância, porque a pessoa passa a gastar um tempo cada vez maior com essa tecnologia; e abstinência, porque a pessoa apresenta sintomas desagradáveis quando está sem o aparelho, como irritabilidade, agitação e taquicardia.Segundo o psicólogo Junior D’Amato da Universidade Federal Fluminense e professor da Unilasalle, “o uso abusivo da conexão móvel pode ser só a ponta do iceberg. Muitas vezes camuflam outros distúrbios. Os mais frequentes: transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), fobia social, transtorno de ansiedade, depressão e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). “As sensações desagradáveis experimentadas pelo nomofóbico quando está sem o seu celular, comuns num ataque de pânico, muitas vezes não estão sozinhas, mas acompanhadas de um processo depressivo encoberto. Esses processos não são puros, há uma articulação entre os transtornos”, explica. 2. De acordo com o texto II, o que é Nomofobia?

Pergunta

TEXTO II Você já ouviu o termo “ NOMOFOBIA”? Há pessoas que não conseguem ficar sem o celular nem por um instante. Essas pessoas entram num estado de profunda ansiedade e angústia quando se veem sem o aparelho, quando ficam sem créditos ou com a bateria no fim. A necessidade de estar conectado ultrapassa todos os limites. (...)O nome vem do inglês no + mobile + fobia, ou seja, “fobia de permanecer sem conexão móvel”, que inclui internet e celular.(...) Para a psicóloga Sylvia Van Enck, do Ambulatório Integrado dos Transtornos do Impulso, da USP, a nomofobia é um transtorno do controle dos impulsos com um forte componente de ansiedade generalizada. (...) Não é fácil se “desplugar” do celular, uma vez que, na sociedade tecnológica, o aparelho é sinônimo de status e inclusão social. “Podemos entender que o uso do aparelho celular, mesmo que não excessivo, especialmente em relação à população jovem, esteja relacionado aos aspectos de inclusão social e conectividade entre os amigos. Por outro lado, com o avanço dos recursos tecnológicos, adquirir um aparelho cada vez mais sofisticado confere status econômico e social, o que pode estar relacionado à busca de reafirmação da identidade psicológica dos adolescentes nesta fase da vida”, analisa Sylvia. (...)“Há um risco no desenvolvimento da insegurança pessoal que pode ser também o reflexo da insegurança dos pais, que precisam estar sempre tendo notícias do paradeiro dos filhos.(...)“Muitas pessoas nomofóbicas, porém, não aceitam que são portadoras desse tipo de fobia e atribuem a sua angústia a várias causas. Colocam a culpa no trabalho ou na necessidade de se comunicar com a família ou com amigos, no caso de alguma emergência. (...)comenta a psicóloga Juliana Bizeto, do Programa de Orientação e Atendimento ao Dependente (Proad) da Unifesp.”(...) Os alvos mais frequentes desse tipo de distúrbio são os adolescentes e os adultos com mais de 40 anos. (...)O abuso funciona como a única válvula de escape da pessoa, que passa a ter uma vida empobrecida(...)A psicóloga lembra que os critérios de diagnóstico se apoiam na presença de três traços: exclusividade, tolerância e abstinência. Exclusividade, porque a tecnologia é a única fonte de prazer; tolerância, porque a pessoa passa a gastar um tempo cada vez maior com essa tecnologia; e abstinência, porque a pessoa apresenta sintomas desagradáveis quando está sem o aparelho, como irritabilidade, agitação e taquicardia.Segundo o psicólogo Junior D’Amato da Universidade Federal Fluminense e professor da Unilasalle, “o uso abusivo da conexão móvel pode ser só a ponta do iceberg. Muitas vezes camuflam outros distúrbios. Os mais frequentes: transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), fobia social, transtorno de ansiedade, depressão e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). “As sensações desagradáveis experimentadas pelo nomofóbico quando está sem o seu celular, comuns num ataque de pânico, muitas vezes não estão sozinhas, mas acompanhadas de um processo depressivo encoberto. Esses processos não são puros, há uma articulação entre os transtornos”, explica. 2. De acordo com o texto II, o que é Nomofobia?

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MarinaVeterano · Tutor por 9 anos

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Nomofobia, conforme o texto II explica, é um termo que se origina do inglês no + mobile + fobia, que significa “fobia de permanecer sem conexão móvel”. Esta fobia inclui o uso de internet e celular. Indivíduos com Nomofobia entram em um estado de ansiedade e angústia intensa quando se encontram sem o aparelho, sem créditos ou com a bateria acabando. Ela é considerada um transtorno do controle dos impulsos com um forte componente de ansiedade generalizada. A necessidade das pessoas de estarem sempre conectadas ultrapassa todos os limites.
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