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Explique a manifestação da ansiedade pelos diferentes níveis de estudos das neurociências: a) Nível molecular (neurotransmissores) - b) Nível dos tecidos/estruturas envolvidas (neuroanatomia) – c) Nível dos sistemas ativados (neurofisiologia) - d) Nível comportamental/disfunções (Sintomas) – e) Nível social (desencadeantes e efeitos) - f) Referências -

Pergunta

Explique a manifestação da ansiedade pelos diferentes níveis de estudos das neurociências: a) Nível molecular (neurotransmissores) - b) Nível dos tecidos/estruturas envolvidas (neuroanatomia) – c) Nível dos sistemas ativados (neurofisiologia) - d) Nível comportamental/disfunções (Sintomas) – e) Nível social (desencadeantes e efeitos) - f) Referências -

Solução

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ZéliaMestre · Tutor por 5 anos

Responder

Resposta:<br /><br />a) Nível molecular (neurotransmissores): A ansiedade tem uma forte ligação com a desregulação dos neurotransmissores cerebrais. Particularmente, em situações estressantes, nosso cérebro libera cortisol, conhecido como o "hormônio do estresse". Além disso, uma baixa atividade do neurotransmissor GABA, conhecido por sua ação calmante, também tem sido associada ao transtorno de ansiedade.<br /><br />b) Nível dos tecidos/estruturas envolvidas (neuroanatomia): Estruturas cerebrais como a amígdala e o hipocampo desempenham um papel crucial nas emoções e na formação de memórias, especialmente nas respostas emocionais, como medo e ansiedade. Uma atividade intensificada nessas áreas tem sido consistentemente observada em indivíduos com transtornos de ansiedade.<br /><br />c) Nível dos sistemas ativados (neurofisiologia): O sistema nervoso autônomo, particularmente a resposta de "lutar ou fugir", é altamente ativado em estados de ansiedade. Esta resposta prepara o corpo para lidar com a ameaça percebida, aumentando a frequência cardíaca, dilatando os brônquios e aumentando a taxa de respiração para maximizar o suprimento de oxigênio para o cérebro e os músculos.<br /><br />d) Nível comportamental/disfunções (sintomas): Os sintomas comuns de ansiedade incluem inquietação, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular e problemas de sono. Esses sinais e sintomas comportamentais são acompanhados por sintomas físicos como palpitações cardíacas, sudorese, tremores e dores de cabeça.<br /><br />e) Nível social (desencadeantes e efeitos): Experiências estressantes de vida, incluindo trabalhos estressantes, problemas familiares ou falta de suporte social, são reconhecidos como gatilhos comuns de ansiedade. Ansiedade, por sua vez, pode afetar negativamente o funcionamento cotidiano de um indivíduo, interferindo em seus relacionamentos, vida profissional e saúde geral.<br /><br />f) Referências:<br />1. Davis M, Whalen PJ. The amygdala: vigilance and emotion. Mol Psychiatry. 2001;6(1):13-34.<br />2. Mendez-Bustos, P., et al. (2013). Human brain anatomy: what is the burden for anxiety disorders? Journal of Anxiety Disorders, 27(8), 978-985.<br />3. Walker, D. (2017). Fight-or-flight response is altered in healthy adults carrying a genetic risk variant of the glucocorticoid receptor. Neurobiology of Stress, 8, 42-47.<br />4. Marek, R., Strobel, C., Bredy, T. W., & Sah, P. (2013). The amygdala and medial prefrontal cortex: partners in the fear circuit. Journal of Physiology, 591(10), 2381-2391.<br />5. McGonagle, K. A., Kessler, R. C., & Heeringa, S. G. (1998). Posttraumatic stress disorder in the National Comorbidity Survey. Archives of General Psychiatry, 52(12), 1048-1060.
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