0 Parnasianismo e o Simbolismo EM Ação 1. Relela o poema "A um poeta", que abriu este capitulo, e compare -o ao texto a seguir, escrito pelo romeno Tristan Tzara (1896-1963) lider do Dadaismo, movi- mento artistico que surgiu em 1916, em Zurique na Suiça. Pegue um jornal. Para fazer um poema dadaista Pegue a tesoura. Escolha no jornal um artigo do tamanho que vocé deseja dar a seu poema. Recorte o artigo. Recorte em sequida com atenção algumas palavras que formam esse artigo le meta-as num saco. Agite suavemente. Tire em seguida cada pedaço um após o outro. Copie conscienciosamente na ordem em que clas são tiradas do saco. poema se parecerá com voce. E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa. lainda que incompreendido do publico. TZARA, Tristan. Para fazer um poema dadaista. In:TELES, Gilberto Mendonça. Vanguarda europeia e modernismo brasileiro. Petrópolis: a) Mesmo que vocé não conheça o Dadaismo é possivel, por melo da receita de Tristan Tzara, inferir algumas de suas caracteristicas. Quais seriam elas? b) Que elementos são responsáveis pelo efeito de humor no texto de Tzara? c) Porque o poema de Tzara é uma afronta à poesia tradicional acadêmica, espe- cialmente a parnasiana?

a) A partir da receita de Tristan Tzara, é possível inferir que o Dadaismo é um movimento artístico que busca a originalidade e a sensibilidade através da experimentação e da quebra de convenções. O poema dadaista é criado de forma aleatória, utilizando elementos do cotidiano, como artigos de jornal, e recortando e misturando palavras de forma consciente. Isso demonstra a valorização da imprevisibilidade e da liberdade na criação artística.<br /><br />b) O efeito de humor no texto de Tzara é responsável por elementos como a ironia e a provocação. O autor sugere que qualquer pessoa pode ser um escritor original e gracioso, mesmo sendo incompreendido pelo público. Isso cria um contraste entre a ideia de originalidade e a realidade da aceitação social, gerando um efeito cômico.<br /><br />c) O poema de Tzara é uma afronta à poesia tradicional acadêmica, especialmente a parnasiana, porque ele desafia as convenções estabelecidas e a rigidez dos padrões de escrita. Ao propor a criação de um poema de forma aleatória e experimental, Tzara rompe com a ideia de uma poesia perfeita e harmoniosa, valorizando a espontaneidade e a criatividade. Isso contrasta com a poesia parnasiana, que busca a perfeição estilística e a imitação dos modelos clássicos.