Pergunta
Cons truindo sentidos 1. Retome o poema Epflogo, de Gregório de Matos. a) Nos quartetos desse poema, as rimas se apresentam interpoladas (ABBA), mas nos tercetos obedecem a um outro modo rímico. Como isso ocorre? b) Na primeira e na segunda estrofe, fol usado um processo de disseminação e re- colha, ou seja, em todos os tercetos há palavras localizadas nos finais dos versos: estas são recolhidas nos ultimos versos dos quartetos.Que vantagem o processo apresenta? c) 0 poema apresenta a cidade como desonrada.mentirosa e desavergonhada. Que ou- tros aspectos são abordados no poema? Explique. 2. Retome o soneto iniciado com o verso: "Neste mundo é mais rico o que mais rapa' (página 166). a) Explique como se desenha o perfil de um aproveitador, no primeiro e no segundo quarteto. Exemplifique. b) No segundo quarteto,o patife traça o mapa da nobreza. Em que consiste? c) Noprimeiro terceto . o eu poético continua desenhandoo perfil dos aproveitadores. Exemplifique de que forma eles se apresentam socialmente. d) Como se explica a brincadeira verbal ocorrida no último verso? 3. Releia o soneto A Jesus Cristo Nosso Senhor (página 167). a) Quem é 0 interlocutor do eu lírico?Como se pode comprovar? b) Qualéo conflito vivenciado pelo eu lírico?De que forma o eu poético se autodefine? c) No sentido de apresentar argumentação para o pedido de perdão, o eu poético faz uso de uma figura de linguagem constante. Aponte qualé essa figura de linguagem e exemplifique.
Solução
Verification of experts
4.7219 Voting
AlejandroVeterano · Tutor por 10 anos
Responder
1. a) Nos quartetos do poema "Epílogo", de Gregório de Matos, as rimas se apresentam interpoladas (ABBA), mas nos tercetos obedecem a um outro modo rímico. Isso ocorre porque o poeta utiliza um padrão rímico diferente para os tercetos, geralmente seguindo um esquema mais simples, como AAB.<br /><br />b) Na primeira e na segunda estrofe, é utilizado um processo de disseminação e recolha, onde palavras localizadas nos finais dos versos dos tercetos são recolhidas nos últimos versos dos quartetos. Essa técnica apresenta a vantagem de criar uma estrutura rítmica e sonora mais complexa, além de gerar um efeito de acumulação e enfatização das ideias apresentadas.<br /><br />c) No poema, além de abordar a cidade como desonrada, mentirosa e desavergonhada, Gregório de Matos também critica outros aspectos, como a hipocrisia, a corrupção e a falta de moralidade da sociedade urbana. O poeta utiliza uma linguagem satírica e mordaz para denunciar essas práticas, destacando a contradição entre a aparência e a realidade da cidade.<br /><br />2. a) No primeiro e no segundo quarteto do soneto iniciado com o verso "Neste mundo é mais rico o que mais raro", o perfil do aproveitador é desenhado de forma negativa. O aproveitador é descrito como alguém que se aproveita das circunstâncias, buscando o ganho pessoal em detrimento do bem comum. Exemplos incluem pessoas que exploram a miséria ou a vulnerabilidade de outros para obter benefícios.<br /><br />b) No segundo quarteto, o patife traça o mapa da nobreza, ou seja, descreve as características e ações da nobreza. Isso consiste em uma crítica à nobreza, retratada como um grupo social que se distingue pela arrogância, pela falta de escrúpulos e pela busca incessante pelo poder e pela riqueza.<br /><br />c) No primeiro terceto, o eu poético continua desenhando o perfil dos aproveitadores. Eles se apresentam socialmente como pessoas que se enriquecem às custas da sociedade, explorando a vulnerabilidade e a necessidade dos outros. Exemplos incluem políticos corruptos, empresários impiedosos e outros que se beneficiam de situações injustas.<br /><br />d) A brincadeira verbal ocorrida no último verso do soneto é uma forma de humorismo. O eu lírico faz uma metáfora, comparando a riqueza com a raridade, sugerindo que a verdadeira riqueza está em coisas que são escassas e valiosas. Essa brincadeira verbal enfatiza a ideia de que a verdadeira riqueza não está em bens materiais, mas em valores intangíveis.<br /><br />3. a) No soneto "A Jesus Cristo Nosso Senhor", o interlocutor do eu lírico é Jesus Cristo. Isso pode ser comprovado pela forma como o eu lírico se dirige a Ele, utilizando termos de reverência e adoração, como "Senhor" e "Cristo".<br /><br />b) O conflito vivenciado pelo eu lírico é a busca por perdão e redenção. O eu poético se autodefina como um pecador que busca se reconciliar com Deus através do pedido de perdão. Ele se envergonha de suas faltas e busca a misericórdia divina.<br /><br />c) No sentido de apresentar argumentação para o pedido de perdão, o eu poético faz uso de uma figura de linguagem constante: a metáfora. Ele compara o amor divino ao sol, que ilumina e aquece a terra, sugerindo que o amor de Deus é tão intenso e abrangente quanto o sol. Essa metáfora serve para enfatizar a generosidade e a bondade divina, reforçando a ideia de que Deus é capaz de oferecer perdão e misericórdia.
Clique para avaliar: