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História
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Leia a seguir um fragmento da obra Os desclassificados do ouro, da historiadora Laura de Mello e Souza no qual ela apresenta uma versão diferente para justificar o elevado número de alforrias na Região das Minas. A produção brutal de ouro foi elevada e Minas representou 70% da produção da colônia no século XVIII; entretanto o sistema colonial fez com que o fisco a tributação sobre escravos, o sistema monetário implantado e as importações -que se faziam pelo exclusivo de comércio - consumissem a sua maior parte Deduzidos pelos gastos de compra e manutenção da escravaria e os gastos não quantificáveis , o saldo se tornava negativo. Dado o baixo nível de renda, poucos foram nestas condições, os que fizeram fortuna. Conforme rareava o ouro, os mineradores se viam impossibilitados de suportaroônus dos custos de manutenção e escravaria , situação que o mínimo contingente de mão de obra voltada para a subsistência não podia contornar [...] Assim, as alforrias não se deveram à capacidade apresentada pela escravaria em comprar a própria liberdade - não foram, portanto conseguidas pelos escravos, e sim concedidas pelos senhores que, com sua decadência das atividades mineradores , passaram a ter nos gastos com a reprodução da força de trabalho um encargo pesado demais. SOUZA, Laura de Mello e. Os desclassificados do ouro. Rio de Janeiro: Edições Gerais, 1982. p. 47. - Relacione os argumentos da historiadora sobre a alforria dos escravizados à administração portuguesa na região das Minas.

Pergunta

Leia a seguir um fragmento da obra Os desclassificados do ouro, da historiadora Laura de Mello e Souza no qual ela apresenta uma versão diferente para justificar o elevado número de alforrias na Região das Minas. A produção brutal de ouro foi elevada e Minas representou 70% da produção da colônia no século XVIII; entretanto o sistema colonial fez com que o fisco a tributação sobre escravos, o sistema monetário implantado e as importações -que se faziam pelo exclusivo de comércio - consumissem a sua maior parte Deduzidos pelos gastos de compra e manutenção da escravaria e os gastos não quantificáveis , o saldo se tornava negativo. Dado o baixo nível de renda, poucos foram nestas condições, os que fizeram fortuna. Conforme rareava o ouro, os mineradores se viam impossibilitados de suportaroônus dos custos de manutenção e escravaria , situação que o mínimo contingente de mão de obra voltada para a subsistência não podia contornar [...] Assim, as alforrias não se deveram à capacidade apresentada pela escravaria em comprar a própria liberdade - não foram, portanto conseguidas pelos escravos, e sim concedidas pelos senhores que, com sua decadência das atividades mineradores , passaram a ter nos gastos com a reprodução da força de trabalho um encargo pesado demais. SOUZA, Laura de Mello e. Os desclassificados do ouro. Rio de Janeiro: Edições Gerais, 1982. p. 47. - Relacione os argumentos da historiadora sobre a alforria dos escravizados à administração portuguesa na região das Minas.

Leia a seguir um fragmento da obra Os desclassificados do ouro, da historiadora Laura de Mello e Souza no qual ela apresenta uma versão diferente para justificar o elevado número de alforrias na Região das Minas. A produção brutal de ouro foi elevada e Minas representou 70% da produção da colônia no século XVIII; entretanto o sistema colonial fez com que o fisco a tributação sobre escravos, o sistema monetário implantado e as importações -que se faziam pelo exclusivo de comércio - consumissem a sua maior parte Deduzidos pelos gastos de compra e manutenção da escravaria e os gastos não quantificáveis , o saldo se tornava negativo. Dado o baixo nível de renda, poucos foram nestas condições, os que fizeram fortuna. Conforme rareava o ouro, os mineradores se viam impossibilitados de suportaroônus dos custos de manutenção e escravaria , situação que o mínimo contingente de mão de obra voltada para a subsistência não podia contornar [...] Assim, as alforrias não se deveram à capacidade apresentada pela escravaria em comprar a própria liberdade - não foram, portanto conseguidas pelos escravos, e sim concedidas pelos senhores que, com sua decadência das atividades mineradores , passaram a ter nos gastos com a reprodução da força de trabalho um encargo pesado demais. SOUZA, Laura de Mello e. Os desclassificados do ouro. Rio de Janeiro: Edições Gerais, 1982. p. 47. - Relacione os argumentos da historiadora sobre a alforria dos escravizados à administração portuguesa na região das Minas.

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ViniciusProfissional · Tutor por 6 anos

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De acordo com o fragmento apresentado, a historiadora Laura de Mello e Souza argumenta que o elevado número de alforrias na Região das Minas foi resultado de uma combinação de fatores econômicos e sociais. Primeiro, a produção brutal de ouro na região, que representou 70% da produção colonial no século XVIII, levou a um aumento significativo da demanda por mão de obra. No entanto, o sistema colonial impôs tributos sobre escravos, o que aumentou os custos de manutenção da escravaria. Além disso, o sistema monetário e as importações também consumiram uma grande parte dos recursos disponíveis.<br /><br />Com o tempo, conforme o ouro rareava, os mineradores se encontraram incapazes de suportar os custos de manutenção e escravaria. Nessa situação, a administração portuguesa, que controlava a colônia, decidiu conceder alforrias aos escravizados. Não foram os escravos que conseguiram comprar sua própria liberdade, mas sim os senhores de escravos que, com a decadência das atividades mineradoras, se tornaram incapazes de arcar com os gastos relacionados à reprodução da força de trabalho. Portanto, a administração portuguesa concedeu alforrias como uma forma de aliviar o encargo financeiro dos senhores de escravos e permitir a continuidade da produção de ouro.
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