1.No século XVII, o médico e fisiologista flamengo Jan Baptista van Helmont (1577-1644) realizou o seguinte experimento: em um vaso colocou 190 kg de terra bem seca , molhando-a em seguida, e nela plantou uma estaca de salgueiro com 2 ,25 kg. Co- locando uma tampa sobre o vaso, ele impediu que a poeira do ar se depositas sse sobre o vaso que foi regado diariamente , durante cinco anos. Depois desse tempo, a estaca havia se transformado em um arbusto com 76 kg e a terra do vaso, depois de seca, pesou 18:9,94 kg. Van Helmont concluiu que aumento de massa da planta se devia quase total- mente à água e que os constituintes do salgueiro, embora diferentes da água , tinham sua origem nela. a) Com base no que se sabe atualme nte sobre a fisiologia das plantas,como podemos explicar os resultados obtidos por van Helmont? b) Como se pode explicar o desapare cimento de 60 g da terra original?

a) Os resultados obtidos por Van Helmont podem ser explicados pela fisiologia das plantas atualmente conhecida. A água desempenha um papel fundamental no crescimento das plantas, pois é responsável pelo transporte de nutrientes e pela manutenção da turgidez das células vegetais. Durante o experimento de Van Helmont, a estaca de salgueiro absorveu água do solo, que foi utilizada para sintetizar compostos orgânicos necessários para o crescimento da planta. Portanto, o aumento de massa da estaca se deve principalmente à água absorvida, enquanto os constituintes do salgueiro foram sintetizados a partir desses nutrientes presentes na água.<br /><br />b) O desaparecimento de 60 g da terra original pode ser explicado pela respiração da planta. Durante o processo de respiração, as plantas absorvem oxigênio do ar e liberam dióxido de carbono. Parte desse dióxido de carbono é utilizado pela planta para a síntese de compostos orgânicos, enquanto a outra parte é liberada para o ambiente. Além disso, parte da massa da planta é utilizada para a formação de raízes, folhas e outros órgãos vegetais. Portanto, o desaparecimento de 60 g da terra original se deve à respiração da planta e à formação de estruturas vegetais.